Não obstante, os aliados de primeira linha do presidente da República têm acompanhado a debandada popular e a diminuição da preferência do eleitorado, inclusive no Nordeste, onde o fenômeno Lula sempre foi imbatível. O atual cenário se deve à atuação da equipe governamental, cujas falas e ações de alguns ministros têm sido desastrosas para a era petista.

Neste momento, a bandeira petista, que já era vermelha, acende um alerta da mesma cor, simbolizando a crise que predomina no partido. A tentativa de mudanças nos ministérios para conter os danos causados pelos erros consecutivos de seus ministros demonstra a preocupação com a proximidade do pleito eleitoral, pois está em risco a manutenção do poder sob a liderança petista.

A oposição, por sua vez, se fortalece com os equívocos e declarações dos aliados do PT. A bancada governista não esperava que as redes sociais se tornassem uma arma poderosa para a direita, que agora pavimenta o caminho para o retorno à Presidência da República, contando com o apoio total dos Estados Unidos. Isso se deve à queda de braço entre ministros do STF e membros do governo Trump.

Essa disputa pode ser comparada a um embate entre “a aranha e o mosquito” – uma metáfora inspirada nos quadrinhos para ilustrar a força econômica e a influência do país considerado de primeiro mundo. No entanto, as consequências dessa guerra recaem diretamente sobre a sociedade brasileira, que já começa a sentir os efeitos de possíveis novas taxações em alguns setores.

Nessa batalha, o escudo é o povo, que amarga o peso de impostos altos e devastadores, usados para sustentar os altos salários dos políticos que vivem às custas do trabalho e do suor da nação. O presidente parece ter perdido conexão com programas que já não empolgam os nordestinos – seu público-alvo para ações sociais, como o programa “Pé de Meia”.

Entretanto, esses programas, de uma forma ou de outra, são destinados a um público que já tem uma visão mais crítica da realidade e consegue formar suas próprias ideias sobre a política nacional. Trata-se de uma tentativa de influenciar o pensamento jovem, especialmente daqueles que estão concluindo o ensino médio e planejando sua trajetória acadêmica.

O governo, ao subestimar a inteligência e capacidade desses jovens, ignora que muitos já percebem as falhas de um sistema que tenta se perpetuar no poder. O programa voltado para alunos do terceiro ano do ensino médio pode, de fato, ajudar aqueles em situação de vulnerabilidade. No entanto, é um paliativo, quando o Brasil precisa de soluções estruturais e duradouras, e não de medidas eleitoreiras em momentos estratégicos.

O país necessita de lideranças que pensem no futuro e promovam políticas de geração de emprego e renda de forma sustentável. É preciso investir em oportunidades contínuas para o desenvolvimento humano, garantindo que os recursos cheguem a quem realmente precisa, sem distinções políticas ou eleitorais.

Sejamos defensores de uma política séria, que valorize o capital humano e promova uma transformação verdadeira, baseada no trabalho e na dignidade da população.