Os resultados obtidos na realização do último leilão do pré-sal, na última sexta-feira (27), foram comemorados pelo governo federal. Ao todo, somando os bônus de assinatura da segunda e terceira rodadas do processo, o governo arrecadou R$ 6,15 bilhões. Baseando-se em dados da Abespetro, associação que representa empresas de serviço do petróleo, o presidente Michel Temer acredita na criação de cerca de 500 mil empregos diretos e indiretos com a retomada da produção nas áreas leiloadas. “São esperados investimentos de 100 bilhões de reais no Brasil pelas empresas vencedoras. O setor ainda deve criar ao longo do tempo até 500 mil novos empregos. Isso significa mais inovação e desenvolvimento.”
Esses empregos, segundo a Abespetro, devem ser gerados nas mais diversas áreas, da indústria naval ao comércio, passando por transportes, turismo e educação.De acordo com o diretor geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Décio Odone, os impactos econômicos na geração de riqueza e empregos serão evidentes nos próximos anos. “Vamos gerar riqueza, vamos gerar arrecadação. O leilão trouxe um ágil inesperado, os resultados foram bem superiores às estimativas que nós tínhamos, o que significa que quando esses campos entrarem em produção a arrecadação para União, estados e municípios vai ser muito superior à prevista”, explica Décio.
O Deputado Federal Lelo Coimbra (PMDB-ES) que foi o presidente, em 2016, da comissão especial que analisou o projeto que retirou da Petrobras a obrigatoriedade de participar da extração na camada pré-sal, comemorou os resultados. Para ele, o Brasil vive, a partir de agora, um novo momento na indústria do petróleo. “Todos ganhamos em relação a esse tema. Eu, pessoalmente, fico muito feliz de nos estarmos com esse passo dado de maneira solida, reativando a indústria do petróleo e gás no Brasil. Para o Espírito Santo é importantíssimo, mas para o Brasil, no seu conjunto, esses dois leilões ocorridos foram muito relevantes e constitui um novo marco esse momento na indústria do petróleo e do gás em nosso país.”
Anteriormente, a legislação previa que somente a Petrobrás poderia operar no pré-sal. Como a nova lei, a empresa não é mais obrigada a liderar todas as operações.