O projeto “Resiliências Climáticas: Boas Práticas de Adaptação à Mudança do Clima em Áreas Costeiras e Marinhas e nos Biomas Mata Atlântica, Cerrado e Caatinga Baianos” venceu o prêmio Bahia Sustentável 2024, na categoria Tecnologia Social Sustentável – subcategoria Campo.
Realizado pelo Grupo Ambientalista da Bahia (Gambá) e pela Cooperazione per lo Sviluppo dei Paesi Emergenti (Cospe) o projeto também conta com a participação de pesquisadores da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) e de outras Instituições de Ensino Superior.
O prêmio é promovido pela Secretaria do Meio Ambiente (Sema) da Bahia e financiado pelo Fundo Estadual de Recursos para o Meio Ambiente (Ferfa). O anúncio dos vencedores ocorreu em 29 de janeiro, em Salvador.
O professor Gustavo Hees de Negreiros, do Colegiado de Geografia (CGEO) do Campus Senhor do Bonfim, integra a equipe de pesquisadores do projeto, junto com a estudante Jamille de Oliveira Serqueira, do curso de Geografia. Concluído no final de 2024 após três anos de atividades, o projeto atuou em áreas costeiras e nos biomas Mata Atlântica, Cerrado e Caatinga, com o objetivo de promover práticas de adaptação às mudanças climáticas, com foco em comunidades quilombolas, indígenas e pescadores. A iniciativa contou com o apoio financeiro da União Europeia.
As atividades foram coordenadas pelo Gambá e pela Cospe, com a participação da Univasf e das Universidades Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) e Federal do Oeste da Bahia (UFOB) e da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), além de várias organizações e comunidades da região Oeste da Bahia, de Morro do Chapéu, da Serra da Jiboia e da Resex da Baía do Iguape. O projeto capacitou as populações para desenvolver estratégias sustentáveis, além de realizar diálogos comunitários, fortalecer políticas públicas e alinhar ações ao Acordo de Paris, ampliando os impactos positivos para as comunidades envolvidas.
Cada universidade contribuiu com a coordenação nas ações desenvolvidas em uma das regiões. A Univasf atuou na Caatinga, em torno do Parque Estadual de Morro do Chapéu. “Coordenamos um curso de geoprocessamento com diferentes comunidades junto ao Sindicato dos Trabalhadores Rurais local, realizamos um diagnóstico rápido participativo e uma cartografia social junto a uma das comunidades, a produção de uma cartilha com esta cartografia, e participamos do conselho gestor do projeto, além dos diagnósticos, oficinas e discussões junto à comunidade de Ouricuri II para a geração do Plano Comunitário de Adaptação às Mudanças Climáticas”, relata Negreiros. Ele ressalta que a discente Jamille participou ativamente nas oficinas e na coleta e sistematização de dados da cartografia social para a produção da Cartilha.
O projeto foi encerrado, mas há uma possibilidade de continuidade das ações, de acordo com o docente. “Tanto as comunidades, quanto os municípios, gestores das unidades de conservação envolvidas, bem como o Estado da Bahia, já declararam que devemos continuar e estender o Resiliências Climáticas. Porém isso irá depender de financiamento, o que este prêmio irá possivelmente ajudar na obtenção”, afirma Negreiros.
Prêmio – Nesta segunda edição do Prêmio Bahia Sustentável, foram reconhecidos 12 projetos por suas contribuições inovadoras e impactantes na área de sustentabilidade, refletindo o compromisso do estado com práticas ambientais transformadoras. A premiação inclui troféu, uma viagem técnica nacional para conhecer experiências inovadoras em outras regiões do país e o direito ao uso exclusivo do selo “Prêmio Bahia Sustentável 2024: Vencedor”, além de integrar o Banco de Projetos do Prêmio.
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