O fenômeno João Campos vem acelerando a corrida eleitoral com aparições marcantes e uma sólida demonstração de trabalho nas redes sociais. Em contrapartida, Raquel Lyra, meses atrás, saiu da sua zona de conforto e intensificou sua presença nas plataformas digitais, buscando frear o avanço do “foguete” João Campos. Apesar de estar em ascensão nas redes, Raquel enfrenta dificuldades para conter a crescente popularidade de Campos, que já se projeta como um forte candidato ao governo do estado e uma ameaça concreta ao seu projeto de reeleição. Segundo as pesquisas mais recentes, caso o cenário atual se confirme, Campos poderia vencer no primeiro turno.

Embora carismática e com potencial de atrair eleitores tanto quanto João Campos, Raquel cometeu erros estratégicos ao longo de seu mandato. Desde o início, sua gestão falhou em priorizar o marketing político e sofreu com escolhas equivocadas na composição de alianças e no seu secretariado. Essas decisões comprometeram a coesão política que garantiu sua vitória em segundo turno, e ela não conseguiu manter as alianças necessárias para uma reeleição tranquila.

Raquel desestruturou bases eleitorais importantes, especialmente em regiões como o Sertão, ao desprezar lideranças locais como Miguel Coelho, um potencial aliado que poderia fortalecer sua campanha. A falta de apoio do grupo Coelho, influente na região do Sertão do São Francisco, enfraqueceu sua posição, e fontes palacianas reconhecem que esse erro pode ser determinante para sua derrota.

Enquanto Raquel negligenciava alianças estratégicas, João Campos aproveitou o espaço para consolidar sua força. Ele conquistou apoio em áreas desprezadas pela governadora, destacando-se como um nome promissor. Há rumores de que Raquel estaria tentando se reaproximar do grupo Coelho, buscando reparar os danos políticos causados por suas escolhas pós-eleitorais, que resultaram em derrotas devastadoras e colocaram em risco seu projeto de reeleição.

A governadora enfrenta agora uma corrida contra o tempo. As pesquisas refletem o descontentamento dos pernambucanos com sua gestão, enquanto João Campos, mesmo limitado à capital por questões legais, soube usar a mídia de forma estratégica para ampliar sua visibilidade. Raquel Lyra, que inicialmente subestimou o potencial político de Campos, pode acabar sucumbindo à máxima popular nordestina: “Peia e cipó.”