As especulações sobre 2026 já começam a movimentar as conversas no Sertão do São Francisco, uma região que pode se tornar um verdadeiro desafio para a governadora Raquel Lyra. A dificuldade em consolidar forças capazes de garantir votos para sua chapa é evidente.

De um lado, está Lucas Ramos (PSB), que contrariou seu partido ao apoiar Miguel Coelho na última disputa pela prefeitura de Petrolina. Ao seguir a cartilha de Raquel Lyra, tentou enfraquecer o domínio do grupo Coelho, embora tenha sido eleito, inicialmente, com o apoio deles. Agora, surge a dúvida: Lucas seguirá aproveitando a popularidade de João Campos e permanecerá no PSB? Ou aguardará a janela partidária para migrar para o ninho tucano e se alinhar à governadora?

No campo de Raquel Lyra, o cenário é igualmente complexo. A tucana reúne nomes como Lossio Pai e Filho, Guilherme Coelho (cujo futuro político é incerto após desistir da disputa pela prefeitura), além do grupo de Odacy Amorim e Dulcicleide Amorim. Toda a oposição de Petrolina está no mesmo caldeirão político, mas a falta de unidade pode atrapalhar os planos e levar à perda de representatividade.

Vale lembrar que o Vale do São Francisco já foi palco de eleições que elegeram de três a quatro deputados estaduais. Na atual legislatura, apenas Antônio Coelho conseguiu manter o protagonismo da região.

A pergunta que fica é: quem será escolhido para representar o Sertão e conquistar o apoio de Raquel Lyra? Lossio Pai e Filho? Odacy ou Dulci? Guilherme Coelho? Será que haverá espaço para entendimento ou o grupo da governadora acabará dividindo votos e perdendo força?