Por, Júlio Cesar
Opinar sobre as discussões acerca da redução da jornada de trabalho é um tema bastante complexo no Brasil, pois envolve diversos fatores. A diminuição da jornada de trabalho pode desestabilizar empresas, já que, com a redução, a produção tende a cair, levando a possíveis demissões em massa. Isso ocorre porque muitos empresários estão acostumados com uma produção estimada.
Do ponto de vista dos trabalhadores, é claro que queremos uma carga de trabalho menor. Ter o sábado e o domingo livres seria ideal, mas ir além disso pode ser prejudicial para um país que funciona como uma máquina onde o empresário já enfrenta uma alta carga tributária.
E aqui está o ponto central: os impostos. Essa é a palavra que resume tudo. É o grande problema que “escraviza” a população trabalhadora e que precisa ser a chave para melhorar a situação, sem causar prejuízo às pessoas e às empresas. No Brasil, tudo gira em uma roda gigante: o trabalhador é obrigado a pagar impostos em quase tudo que faz ou compra. Esses tributos acabam sendo repassados ao consumidor final, embutidos nos produtos que compramos, indo diretamente para os cofres do Tesouro Nacional.
Vivemos presos a um sistema tributário absurdo, que suga a força de trabalho do país. Precisamos de representantes no parlamento nacional que desburocratizem e reformem essa prática obrigatória. Muitas vezes, a sociedade nem percebe que arca com os custos desse sistema de forma quase invisível. A proposta de mudança na escala de trabalho pode impactar ainda mais o país, encarecendo produtos e penalizando, principalmente, as pessoas mais simples.
Agora, volto a frisar: a receita para resolver esse problema está na reforma do sistema tributário. Ele precisa ser enxugado, melhorado, menos explorador tanto para os trabalhadores quanto para os empresários, que pagam valores exorbitantes de impostos por cada funcionário registrado. Isso, inclusive, é um dos fatores que incentiva a informalidade no Brasil. Muitos trabalhadores preferem atuar de forma informal para fugir dessa contribuição absurda.
Por exemplo, na construção civil, muitos profissionais não aceitam ser registrados com um salário de R$ 2.200,00, porque na informalidade conseguem ganhar quase R$ 5.000,00. Contudo, esse excedente, que poderia beneficiar o trabalhador no regime formal, é consumido pelos impostos e acaba indo para o “impostômetro”.
A solução? Diminuir a carga tributária, o que, consequentemente, ajustaria a escala trabalhista, trazendo equilíbrio para o sistema.
Lula promete erradicar a fome no Brasil até 2026 durante evento no Rio
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que até o fim de seu mandato nenhum brasileiro passará fome, destacando a necessidade de incluir os pobres no orçamento público. A declaração foi feita no Festival Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, no Rio de Janeiro, que encerrou o G20 Social, reunindo representantes do governo, movimentos sociais e ONGs. Lula criticou o tratamento da fome como questão estatística e enfatizou que o problema é responsabilidade global. O evento contou com apresentações de artistas como Ney Matogrosso, Maria Gadú e Alceu Valença.
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