Com duas vagas para o Senado, Paulo Câmara surge como um forte candidato para ocupar uma delas. Atualmente, ele preside o Banco do Nordeste (BNB) no governo de Lula, destacando-se como uma aposta natural para a disputa. Tendo sido eleito duas vezes em primeiro turno como governador, Paulo demonstrou habilidade para o “xadrez político”, articulando forças e unindo grupos.
Do outro lado, o Sertão poderá ser representado por Miguel Coelho, ex-prefeito de Petrolina, que também é visto como potencial candidato ao Senado. No entanto, Miguel deverá enfrentar disputas internas por apoio dentro dos partidos aliados e rivais da região Metropolitana, onde novas candidaturas podem surgir e tornar a disputa mais equilibrada em todo o estado. Com ampla aceitação no Sertão, Miguel tem capacidade de unir lideranças do interior e gerar um impacto positivo para a chapa de João Campos.
A grande questão é como Raquel Lyra, principal oponente do PSB, reagirá. Ela precisará avaliar o cenário e talvez tentar reduzir a influência da família Coelho na política local. Uma possibilidade seria apostar em Guilherme Coelho ou até mesmo em Júlio Lóssio, buscando enfraquecer o domínio político de Miguel. Porém, é evidente que a governadora terá menos opções fortes no Sertão, já que Miguel possui forte apoio no interior, especialmente em Petrolina, fruto de seu trabalho como prefeito.
No final, a pergunta permanece: os senadores de Pernambuco em 2026 estarão ao lado de João Campos ou de Raquel Lyra?