Atirador de Novo Hamburgo morre após mais de 9 horas de cerco policial
Após pouco mais de nove horas de cerco policial, na manhã desta quarta-feira (23), agentes de segurança do Rio Grande do Sul afirmaram que o atirador de Novo Hamburgo, na região metropolitana de Porto Alegre, está morto. A informação foi confirmada pelo tenente-coronel Alexandro Famoso, da Brigada Militar do estado. O militar não informou a natureza do óbito do suspeito.
O policiamento foi acionado por volta das 23h de ontem (22). O homem atirou contra diversas pessoas do interior de sua residência.
Até o momento, três pessoas morreram e 9 ficaram feridas. Entre as vítimas fatais, estão o policial militar Everton Raniere Kirsch Junior, o irmão Everton Crippa e o pai do suspeito, Eugenio Crippa, de 74 anos.
A polícia diz que foi até a casa onde a família estava após receber denúncias de que os pais do atirador, idosos, eram mantidos em cárcere privado. Assim que o criminoso viu os agentes, atirou contra eles e contra os familiares. Dois drones dos militares também foram abatidos pelo homem, segundo a BM.
Além do pai e do irmão do criminoso, estavam no imóvel a mãe e a cunhada dele. Todos foram atingidos pelos disparos após a chegada dos policiais e levados para o hospital.
Os três mortos foram identificados como:
- Eugênio Crippa, de 74 anos, pai do atirador
- Everton Crippa, 49 anos, irmão do atirador
- Everton Kirsch Júnior, de 31 anos, policial militar
Os nove feridos foram identificados como:
- Cleris Crippa, 70 anos, mãe do atirador – estado grave após ser baleada três vezes
- Priscilla Martins, 41 anos, cunhada – estado grave após ser baleada uma vez
- Rodrigo Weber Voltz, 31 anos, PM – em cirurgia após ser baleado três vezes
- João Paulo Farias Oliveira, 26 anos, PM – em cirurgia após ser baleado uma vez
- Joseane Muller, 38 anos, PM – estado estável após ser baleada uma vez
- Eduardo de Brida Geiger, 32 anos, PM – liberado do hospital após ser baleado de raspão
- Leonardo Valadão Alves, 26 anos, PM – liberado do hospital após ser baleado de raspão
- Felipe Costa Santos Rocha, PM – liberado após ser baleado de raspão
- Volmir de Souza– aguarda cirurgia após ser baleado uma vez
Como tudo começou
O crime aconteceu em uma casa na Rua Adolfo Jaeger, no bairro Ouro Branco.
“A todo momento, tentamos negociar com ele, conversar com ele, tentamos contato telefônico através dos números que a gente conseguiu, ele não responde a nenhum contato que estamos tentando fazer com ele. A única forma de resposta é através de disparos”, diz o tenente-coronel Alexandro Famoso, comandante do 3º Batalhão de Polícia Militar (3º BPM) de Novo Hamburgo.
Conforme a polícia, o homem estaria mantendo os pais em cárcere privado. Logo que viu os policiais, na parte da frente do imóvel, ele atirou com uma arma de fogo contra eles. Além dos agentes, uma pessoa que estava na rua foram feridas.
“De forma inesperada e totalmente agressiva, ele aparece e começa a atirar em todas as pessoas que se encontravam naquele local, na frente da residência. Ele efetuou disparos contra os próprios pais dele e contra a guarnição que estava ali atendendo a ocorrência”, detalha Famoso.
Quem era o policial morto
De acordo com a BM, Everton Kirsch Júnior estava na corporação desde 2018. Recentemente, se tornou pai. Ele deixa o filho, que tem 45 dias, e a esposa.