Globalmente, houve 94 milhões de casos de hiperplasia prostática benigna (aumento da próstata) em 2019, em comparação com 51,1 milhões casos registrados em 2000. No Brasil, a estimativa é que a condição afete cerca de 1,8 milhões. A prevalência mundial é de 2.480 por 100.000 pessoas. Embora o número global de casos prevalentes tenha aumentado 70,5% (68,6 para 72,7) entre 2000 e 2019, a prevalência global padronizada por idade permaneceu estável. Os dados são de estudo publicado em 2022 na revista científica The Lancet Healthy Longevity, que avaliou a carga global da hiperplasia prostática benigna (HPB) em 204 países e territórios de 2000 a 2019.

Os números mostram que HPB, que afetou o Rei Charles 3º, do Reino Unido, conforme anunciado essa semana, está aumentando em um ritmo alarmante. Segundo os autores, a crescente incidência se dá particularmente em países de baixa e média renda, que estariam em rápida evolução demográfica e mudanças epidemiológicas. À medida que mais pessoas vivem mais tempo em todo o mundo, a carga absoluta das doenças prostáticas benignas aumenta, dentre elas a hiperplasia, o que destaca a importância do monitoramento e planejamento para futuras tensões no sistema de saúde.

A hiperplasia prostática benigna (HPB) é um problema de saúde que se torna mais comum com a idade. O cirurgião oncológico e urologista Gustavo Cardoso Guimarães, diretor do Instituto de Urologia, Oncologia e Cirurgia Robótica (IUCR), explica que aumento da próstata e câncer de próstata são coisas diferentes. “O aumento da próstata acontece com a maioria dos homens à medida que envelhecem e esta condição não aumenta o risco de câncer de próstata. Os sinais e sintomas do aumento do tamanho da glândula incluem dificuldade de esvaziar completamente a bexiga, necessidade frequente de urinar durante a noite e incontinência urinária”, afirma Guimarães, que é também coordenador dos Departamentos Cirurgicos Oncológicos da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo.

O especialista relata que a próstata aumentada pode causar sintomas que podem incomodar o paciente, como o bloqueio do fluxo de urina para fora da bexiga. Também pode causar problemas na bexiga, no trato urinário ou nos rins. “Os principais tratamentos para pacientes com diagnóstico de HPB são medicamentos para alívio de sintoma e cirurgia. A definição do tratamento vai depender dos sintomas, tamanho da próstata e histórico de saúde”, explica.

SINTOMAS – Os principais sintomas são necessidade frequente ou urgente de fazer xixi (micção); fazer xixi com mais frequência à noite; dificuldade para começar a fazer xixi; jato de urina fraco ou um jato que para e inicia; falha no final da micção; não conseguir esvaziar totalmente a bexiga.

O tamanho da próstata nem sempre determina a gravidade dos sintomas. Algumas pessoas com próstata ligeiramente aumentada podem apresentar sintomas graves. Outros que têm próstatas muito aumentadas podem ter problemas menores. E algumas pessoas com próstata aumentada não apresentam nenhum sintoma.

Fatores de risco – Os fatores de risco para o aumento da próstata incluem:

Envelhecimento. Uma próstata aumentada raramente causa sintomas antes dos 40 anos. Depois disso, o risco de ter uma próstata aumentada e sintomas relacionados começa a aumentar.

História de família. Ter um parente de sangue com problemas de próstata aumenta a probabilidade da pessoa ter problemas de próstata.

Diabetes e doenças cardíacas. Estudos mostram que o diabetes pode aumentar o risco de HBP. O mesmo pode acontecer com doenças cardíacas.

Estilo de vida. A obesidade aumenta o risco de HBP. O exercício pode ajudar a diminuir o risco.

Referência

GBD 2019 Benign Prostatic Hyperplasia Collaborators. The global, regional, and national burden of benign prostatic hyperplasia in 204 countries and territories from 2000 to 2019: a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2019. Lancet Healthy Longev. 2022 Nov;3(11):e754-e776. doi: 10.1016/S2666-7568(22)00213-6. Epub 2022 Oct 20.

SOBRE O IUCR – O Instituto de Urologia, Oncologia e Cirurgia Robótica Dr. Gustavo Guimarães – IUCR, criado em 2013, é especializado na prevenção, diagnóstico, tratamento e reabilitação do paciente com câncer. A equipe médica é formada por profissionais altamente especializados em uro-oncologia, cirurgia oncológica e oncologia clínica, sob a liderança do cirurgião oncológico Dr. Gustavo Guimarães, que possui mais de 20 anos de atuação e dedicação à assistência do paciente, ao ensino e à pesquisa científica nessa área. Guimarães desenvolveu ampla experiência em tecnologias e procedimentos minimamente invasivos como cirurgia laparoscópica, ultrassom focalizado de alta intensidade-HIFU e cirurgia robótica, tendo desenvolvido um consistente Programa de Consultoria e Capacitação sobre Cirurgia Robótica para Instituições de saúde em todo o país, que engloba a implantação, o desenvolvimento das diversas técnicas cirúrgicas e a capacitação das equipes.

Informações à Imprensa:

SENSU Consultoria de Comunicação