Nesta quarta-feira (17/10), a Prefeitura da Vitória de Santo Antão e os Correios lançam oficialmente um Selo Comemorativo em celebração ao Padroeiro do município, Santo Antão. iniciativa é da Prefeitura da Vitória, através da Scretaria de Comunicação e Imprensa, com o apoio dos Correios, da Casa da Moeda Brasileira e da Paroquia de Santo Antão.
O evento acontece na Igreja Matriz de Santo Antão, às 10h, durante a Concelebração Eucarística que será presidida por Dom Paulo Jackson Nóbrega, Arcebispo Metropolitano da Arquidiocese de Olinda, com a presença do prefeito Paulo Roberto, da superintendente dos Correios, Deyse Ferraz, e do Monsenhor Josivaldo José Bezerra, vigário geral da Arquidiocese de Olinda e Recife e da Paróquia Santo Antão.
O selo será um marco histórico para o município, sendo o primeiro de uma série que será lançada ao longo do ano de 2024, e que terá ainda as publicações dos selos sobre a elevação de Vitória de vila para a cidade, em 6 de maio; o centenário de Osman Lins, em 7 de junho; e a celebração da Batalha das Tabocas, em 3 de agosto.
Vitória de Santo Antão é a única cidade das Américas a ter Santo Antão como padroeiro. Este ano, a festividade em homenagem ao santo chega à 399ª edição. Foi através do fundador que a cidade iniciou a devoção a Santo Antão, considerado pai dos monges.
*SOBRE SANTO ANTÃO*
Santo Antão nasceu no Egito em 251. Com apenas 20 anos, havia perdido os pais; ficou órfão com muitos bens materiais, mas o maior bem que os pais lhe deixaram foi uma educação cristã. Ao entrar numa Igreja, ele ouviu a proclamação da Palavra e se colocou no lugar daquele jovem rico, o qual Cristo chamava para deixar tudo e segui-Lo na radicalidade. Antão vendeu parte de seus bens, garantiu a formação de sua irmã, a qual entrou para uma vida religiosa.
Sabendo que na região existiam homens dedicados à leitura, meditação e oração, ele foi aprender. Aprendeu a ler e, principalmente, a orar e contemplar. Assim, foi crescendo na santidade e na fama também. Sentiu-se chamado a viver num local muito abandonado, num cemitério, onde as pessoas diziam que almas andavam por lá. Por isso, era inabitável. Ele não vivia de crendices; nenhum santo viveu. Então, foi viver neste local. Na verdade, eram serpentes que estavam por lá, por isso ninguém se aproximava. A imaginação humana vê coisas onde não há.
Santo Antão construiu muros naquele lugar e viveu ali dentro, na penitência e na meditação. As pessoas eram canais da providência, pois elas lhe mandavam comida, pão por cima dos muros; e ele as aconselhava. Até que, com tanta gente querendo viver como Santo Antão, naquele lugar surgiram os monges. Ele foi construindo lugares e aqueles que queriam viver a santidade, seguindo seus passos, foram viver perto dele. Ele foi crescendo em idade, em sabedoria, graça e sensibilidade com as situações que afetavam o Cristianismo. Teve grande influência junto a Santo Atanásio no combate ao arianismo. Ele percebeu o arianismo também entre os monges, que não acreditavam na divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo. Antão também foi a Alexandria combater essa heresia. Santo Antão viveu na alegria, na misericórdia, na verdade. Tornou-se abade, pai, exemplo para toda a vida religiosa. Exemplo de castidade, de obediência e pobreza. Faleceu em 356, viveu mais de cem anos, mas a qualidade é maior do que a quantidade de tempo de sua vida, pois viveu com uma qualidade de vida santa que só Cristo podia lhe dar.