A equipe psicossocial através dos seus profissionais estão realizando durante todo o mês, ações de valorização à vida e prevenção ao suicídio junto aos pacientes do Hospital Dom Malan Ismep, em Petrolina. A programação é parte do Setembro Amarelo, movimento que já consolidou como a maior se prevenção ao suicídio no mundo. Em 2023, o lema é “Se precisar, peça ajuda!”
“As psicólogas e assistentes sociais do hospital fazem um trabalho psicossocial com pacientes, acompanhantes e funcionários com relação à valorização da vida, para que assim haja prevenção ao suicídio. É importante porque o hospital como local de trabalho é um ambiente estressante. A gente pensa a saúde mental, para que se tenha controle em relação a isso, para fazer o melhor para nós e para as outras pessoas. Estamos falando sobre o assunto de formas lúdicas que a equipe proporciona para facilitar a absorção do tema que é delicado e cercado de tabus, ” destaca a coordenadora de serviço social do HDM ISMEP, Kátia Carreiro.
A mobilização dos assistentes sociais começa já na sala de acolhimentos às mulheres, na triagem da obstetrícia. De forma lúdica, os profissionais despertam nas pacientes a importância de entender conscientização da importância que a vida tem e ajudar na prevenção do suicídio. “A gente conversa com pacientes internadas e acompanhantes nas enfermarias, na casa de apoio onde estão as mães de alta, que têm bebês internados, nas emergências onde as mulheres estão aguardando atendimento e com os profissionais, em cada setor, a equipe psicossocial está trabalha a valorização da vida. Estamos percebendo uma boa adesão com os resultados que estamos colhendo durante as atividades lúdicas, ” finaliza Kátia.
Dados-De acordo com a última pesquisa realizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2019, são registrados mais de 700 mil suicídios em todo o mundo, sem contar com os episódios subnotificados. A estimativa é de um milhão de casos. No Brasil, os registros se aproximam de 14 mil casos por ano, ou seja, em média 38 pessoas cometem suicídio por dia no país.
O suicídio é um importante problema de saúde pública, com impactos na sociedade como um todo. Ainda segundo a Organização Mundial de Saúde, todos os anos, mais pessoas morrem como resultado de suicídio do que HIV, malária ou câncer de mama – ou guerras e homicídios.
Entre os jovens de 15 a 29 anos, o suicídio foi a quarta causa e morte depois de acidentes no trânsito, tuberculose e violência interpessoal. Trata-se de um fenômeno complexo, que pode afetar indivíduos de diferentes origens, sexos, culturas, classes sociais e idades.
Dados divulgados pelo Ministério da Saúde em setembro de 2022, entre 2016 e 2021 houve um aumento de 49,3% nas taxas de mortalidade de adolescentes de 15 a 19 anos, chegando a 6,6 por 100 mil, e de 45% entre adolescentes de 10 a 14 anos, chegando a 1,33 por 100 mil.