O SINPOL-PE manifesta, mais uma vez, seu repúdio, indignação e preocupação com o aumento nos números de mortes violentas intencionais em Pernambuco. Os dados divulgados nesta quinta-feira (20) pelo Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2023 mostram um aumento de 1,3% além de incluir cinco cidades do Estado entre as 50 com maior taxa de mortes violentas do País.

Esses dados correspondem ao número total de vítimas de homicídio doloso, latrocínio (roubo seguido de morte), lesão corporal seguida de morte e óbitos decorrentes de intervenções policiais a cada 100 mil habitantes.

A cidade do Cabo de Santo Agostinho, no Grande Recife, aparece como a quinta mais violenta do País no ano de 2022. A taxa é de 81,2 homicídios para cada 100 mil habitantes. O número é quase quatro vezes maior do que a média nacional, que é de 23,4. Vitória de Santo Antão, na Zona da Mata Sul de Pernambuco, São Lourenço da Mata, também no Grande Recife, Garanhuns, no Agreste de Pernambuco, aparecem no ranking.

Esses dados mostram, mais uma vez, a incapacidade do Estado em combater a violência, por falta de investimento e priorização da segurança das pessoas. Além da falta de efetivo e das péssimas condições de trabalho, da não valorização do profissional de segurança pública, há uma falha na técnica de gerenciamento dos recursos que temos, e que já vem das gestões anteriores. O atual Governo diminuiu o acesso à registro da delegacia interativa e vem fechando as delegacias à noite, nos finais de semana e feriados, no interior do Estado.

“Infelizmente, os recursos para aprimorar, melhorar e motivar as tropas para que essas corporações possam fazer o seu papel, não foram aplicados. Boa parte da categoria está adoecendo, com a saúde mental afetada, não há valorização para esses profissionais, temos um déficit muito grande no quadro da Polícia, o que dificulta o combate à criminalidade. O resultado disso tudo é confirmação da violência e da criminalidade muito bem estabelecida em Pernambuco e uma sensação pior ainda que não parece que as coisas irão melhorar em breve”, afirma o Presidente do SINPOL-PE, Rafael Cavalcanti.