A Operação Independência encerrou um uma morte registrada nesse final de semana. Segundo informações do inspetor chefe de Polícia Rodoviária Federal, Paulo Lima, uma colisão frontal na noite de ontem (10) entre uma Pickup Strada de placa PCQ-5563, conduzida por Agenor da Silva e uma cinquentinha pilotada por Jose Atilas Gomes da Silva, 19 anos que morreu no local. O motorista fugiu do local sem prestar socorro a vítima.

“Pelos indícios encontrados no veículo atropelador, houve uso de bebida alcoólica com várias garrafas de cervejas e uma testemunha relatou que o condutor do veículo após o atropelamento com vítima fatal fugiu do local”, relatou Lima.

O inspetor ainda destaca que entre as ocorrências registradas, a mistura de álcool e direção teve grande destaque. “O que pudemos analisar, o balanço é que o condutor do veículo assume muito o risco, ingere bebida alcoólica, aproveita o feriadão, acredita que a fiscalização não vai flagrá-lo. Acredita mais em fugir do feriadão do que evitar a ingestão de bebida alcoólica, por exemplo e fazer a ultrapassagem. Então ele assume esse risco gerando muitos acidentes. As abordagens foram satisfatórias, produziu um número de autuações alto porque o condutor não assume essa responsabilidade, esse compromisso social. Se você vai fazer ingestão de bebida alcoólica, nada mais justo que leve um condutor, ou vá de táxi, mototáxi, seja lá do que for, mas você não pode utilizar um veículo com se arma fosse”.

Além da vocação de alguns condutores de fugir das fiscalizações, a divulgação dos locais de blitz através de grupos formados no Whatsapp também dificulta o trabalho da Polícia Rodoviária Federal e essa ação pode ser tipificada como crime, segundo Paulo Lima. “É a má utilização da ferramenta, do Whatsapp. Eu acredito que um grupo que se reúne para informar onde está ocorrendo uma barreira, uma fiscalização, é um grupo de infratores, na verdade. Um grupo de pessoas que se reúne para, com certeza, colaborar com um crime. Porque a partir do momento, e temos que lembrar que no trânsito não acontece apenas fiscalização, ocorrem crimes também.”

Lima ainda relembra a condução de administradores de grupos em Garanhuns e dá pistas de que a mesma fiscalização pode estar ocorrendo em Petrolina. “Quando o criminoso que está em um veículo com drogas, armas e está sabendo da fiscalização, ele vai desviar. Lembrando que em Garanhuns há 30 dias, os administradores de grupos que estavam informando a localização de operações da PRF, foi solicitado pelo Ministério Público Federal a condução coercitiva pela Polícia Judiciária para informar porque essas informações estavam sendo manipuladas de forma a prejudicar as fiscalizações do órgãos, tanto da PRF quanto da Polícia Militar na cidade de Garanhuns. Trabalhamos também informando a Polícia Federal, aos órgãos que nos ajudam nesse combate para identificar esses grupos, principalmente seus administradores para que eles respondam na forma da lei”.

Operação Independência em números

Segundo os dados repassados pela PRF, na região foram 258 veículos fiscalizados, 261 pessoas fiscalizadas, 165 testes realizados, 229 abordagens educativas, 7,5 horas de radar operado com captação de 310 imagens, dois acidentes com vítimas feridas e um com vítima fatal. A operação encerrou as 23h59 min desse domingo.

por Karine Paixão