Na sessão ordinária, realizada nesta quinta-feira (15) por conta do feriado ocorrido na última segunda (12), uma denúncia feita pelo vereador Gaturiano Cigano (DEM), pautou uma série de discursos até motivou o pronunciamento de um secretário municipal.
Ao pedir umaquestão de ordem – instrumento legislativo para solicitar o uso da palavra – Gaturiano afirmou ter recebido denúncias de moradores da zona rural de Petrolina, apontando um vereador da casa. Esse parlamentar, em busca da reeleição, estaria determinando os locais onde as máquinas da Prefeitura atuariam, alegando estar financiando tal operação de recuperação de estradas.
O democrata taxou a situação como inadmissível e solicitou que o secretário de Governo e Agricultura, Orlando Tolentino, investigasse e coibisse tal situação.
“Assessor ou representante de vereadores cobrando das pessoas para que a máquina, que é da Prefeitura, que é um direito deles, possa passar nas estradas. É feio. Tenho certeza de que o secretário Orlando Tolentino não tem conhecimento disso, muito menos o prefeito. Quero chamar a atenção, tenho certeza que o secretário vai apurar isso para que possa rever. Vereador que anda mentindo, passou quatro anos escondido, mas dizia ser do interior esqueceu aquele povo que precisa de atenção, cuidado, carinho, água. Estar enganando, dizendo que a máquina foi ele que levou e está pangando do seu próprio bolso? Paciência vereador”, deparou Cigano.
Após o discurso de Gaturiano, os demais integrantes da bancada de situação falaram sobre a situação dos moradores das áreas de sequeiro e as demandas identificadas nas visitas feitas às localidades.
Solicitação
Em meio a isso, o líder da oposição, Paulo Valgueiro (PSD), fez uma solicitação ao presidente em exercício da mesa diretora, Ronaldo Cancão. O oposicionista pediu que fosse cedido um tempo na tribuna para o citado, secretário Orlando Tolentino se pronunciasse sobre as denúncias feitas contra sua pasta.
Da mesma forma, o pedido contou com a anuência do líder da situação, Aero Cruz (MDB).
Em resposta, Ronaldo Cancão, alegou não ser possível ceder o espaço para o secretário, sem que tenha sido protocolado um ofício previamente, encaminhado pelo vereador. Entretanto, ao consultar o regimento interno da Câmara, percebeu que também não havia uma proibição expressa no documento.
Sendo assim, Tolentino fez seu discurso alegando total idoneidade na condução da pasta de Governo e Agricultura.
“Eu não concordo, não colaboro e não participo e quem tiver provas, procure os órgãos de controle. Nós temos Ministério Público, Polícia Federal, se o vereador tiver provas procure os meios porque eu não contribuo, não colaboro e não participo”, declarou.