Apesar de defender a permanência da aliança do PMDB com o PSB na eleição de 2018, o vice-governador de Pernambuco e secretário de Desenvolvimento Econômico, Raul Henry (PMDB), poderá abrir mão de disputar o cargo de vice na chapa liderada pelo governador Paulo Câmara (PSB), que tentará a reeleição. O motivo, segundo ele, tem a ver com a participação do deputado federal Jarbas Vasconcelos (PMDB) na composição da chapa majoritária socialista como candidato ao Senado.
“Esse é um direito legítimo dele (Jarbas). Mas acho que não será fácil para o PMDB ocupar dois lugares em uma chapa majoritária”, avaliou Raul. Diante desse cenário, o vice-governador afirma que não terá nenhuma dificuldade de concorrer na eleição de deputado federal. “É o que penso ser mais provável nesse momento”, argumentou.
Já em relação à permanência do PMDB na Frente Popular, Raul Henry se mostra um grande defensor. “Temos hoje uma relação muito consistente e sólida com o PSB e com Paulo Câmara. Além de uma relação política, temos com o governador uma relação pessoal. Tanto eu quando Jarbas. Todos as vezes que falei publicamente sobre isso, defendi a permanência da aliança. Então, não vejo porque não permanecer com essa unidade em 2018”.
A parceria entre o PSB e o PMDB ficou mais estreita após a saída do DEM e do PSDB da aliança socialista. Em 2016, os dois partidos deixaram o governo, a pedido de Paulo Câmara, porque lançaram candidatos próprios à Prefeitura do Recife em um confronto direto com o prefeito Geraldo Julio (PSB). Com mais espaço na gestão, o PMDB virou alvo de críticas nos bastidores por ter sido contemplado com uma fatia maior no governo.
Questionado sobre o assunto, Raul Henry reagiu. “O governador é a maior testemunha que o PMDB nunca reivindicou nenhum espaço no governo dele. Participamos com a proposta de colaborar”, disse.
*Da Editoria de Política do Diario.