A deputada Teresa Leitão (PT) associou-se, na Reunião Plenária dessa terça (11), aos movimentos de luta contra o HIV/Aids no País, que se mobilizaram para rebater o que consideraram uma tentativa de discriminação por parte do presidente Jair Bolsonaro. A parlamentar fez referência à fala do mandatário da República durante o lançamento do programa de prevenção à gravidez na adolescência, na semana passada, quando ele afirmou que “pessoa com HIV é despesa para todo o Brasil”.

A petista informou que o Movimento Nacional de Luta contra a Aids, representado por várias entidades, divulgou nota de repúdio à colocação. Na tribuna, Teresa leu o texto, lembrando que “o tratamento deve ser uma política de Estado, não de governos ou partidos, e deve estar ancorado nos princípios do Sistema Único de Saúde (SUS) e na garantia dos direitos humanos”.

Em um dos trechos, o documento afirma: “Expressamos nossa repulsa para a abordagem desrespeitosa, superficial e preconceituosa dispensada às pessoas que vivem com HIV/Aids”, para, na sequência,  destacar que “não se pode tolerar que, depois de décadas de conquistas e de luta contra a discriminação, discursos ancorados em preceitos equivocados e preconceituosos potencializem estigmas e processos de exclusão social ainda presentes no cotidiano das pessoas que vivem com HIV/Aids no Brasil. Acreditamos que estas manifestações, panfletárias, são estratégias adotadas pelo Governo para desviar a atenção da população de questões e problemas emergentes que o País vive”.

A deputada ressaltou que o texto finaliza com a informação de que “a saúde é direito de todos e dever do Estado, e que as pessoas que vivem com HIV/Aids exigem respeito!”. Para Teresa, a nota sintetiza o repúdio das entidades representativas, que lutam por acesso a medicamentos, empregos e direitos. “Esta Casa já abraçou a causa com uma Comissão Especial. Temos de ter responsabilidade com a questão”, frisou.