Em discurso no Grande Expediente desta terça (4), o deputado João Paulo (PCdoB) comentou o aumento nos índices de informalidade no País, registrado no último levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo o estudo, a soma dos trabalhadores nessa situação atingiu 41,4% da população ocupada no último trimestre de 2019, o mais alto patamar da série histórica iniciada em 2012.
“A ampliação do mercado informal, saudada como positiva pelo Governo Federal e por parte da mídia, não afeta apenas o povo mais pobre, mas também o consumo, a produtividade das empresas e a arrecadação da Previdência”, pontuou o parlamentar. “Com uma fatia expressiva da população sem condições de contribuir para o sistema previdenciário, abre-se o caminho para o Estado mínimo, no qual somente os mais ricos, como bancos e instituições financeiras, são beneficiados.”
O discurso recebeu os apartes dos deputados José Queiroz (PDT) e Antonio Fernando (PSC), que também mostraram preocupação com o aumento da informalidade e a precarização do mercado de trabalho brasileiro. “Não há muitas perspectivas para um país que tem 40 milhões de pessoas no mercado informal e 6 milhões de desempregados”, registrou Queiroz. “A Reforma da Previdência vai deixar a situação ainda mais insustentável, principalmente para as prefeituras do Interior”, opinou Fernando.