Todos os canais que cortam a cidade de Juazeiro estão sujos. Com isso, aumentou o número de muriçocas, que neste calor terminam infernizando a vida de milhares de pessoas que moram na periferia e no centro da cidade. A situação é tão grave que o tormento começa as 17:30 horas se estendendo até as 6:30 horas do dia seguinte.

A situação se agrava mais ainda em bairros próximos a esses canais com nuvens escuras de muriçocas atacando as pessoas que passam no meio da rua. Nos bares, lanchonetes e restaurantes as pessoas são obrigadas a usarem repelente, caso queiram permanecer.

Ainda com o calor, as pessoas são obrigadas à abrirem suas portas, e com isso, os mosquitos fazem a festa. O mosquiteiro hoje é o instrumento mais oferecido por vendedores ambulantes.

Um município do porte de Juazeiro deveria haver uma frota de veículos para fazer o fumacê constantemente, mas parece que o poder público só atende o pedido de socorro da população em época de festa ou de eleição. Nesta semana, o prefeito Paulo Bomfim (PCdoB) esteve na capital baiana tentando adquirir recursos com o governo do estado para revitalizar os canais. Mas enquanto não consegue este recurso pelo menos realize algumas ações a exemplo da poda de árvores, remoção de lixo, mato, entulho e limpeza das artérias para que possa diminuir o sofrimento das pessoas.

O problema das muriçocas em Juazeiro é virou caso de ironia e gozação por parte da população produzindo esculturas e músicas.

Muitas pessoas que residem no centro da cidade, em condomínios afastados ou em chácaras, estão evitando fazer visitas a amigos ou parentes que residem na periferia. Durantes as festas de final de ano, muitas pessoas decidem se hospedarem em hotéis, inclusive em Petrolina. Este é o verdadeiro drama relacionado as muriçocas em Juazeiro. ( Ação Popular).