O deputado João Paulo (PCdoB) afirmou, na Reunião Plenária desta terça (15), que os ataques do Governo Bolsonaro agora se voltam contra o funcionalismo. Segundo ele, o presidente estuda uma reforma administrativa que inclui medidas neoliberais, entre elas a criação de um servidor público temporário. O comunista observou que o levantamento Gestão de Pessoas e Folha de Pagamentos no Setor Público Brasileiro, elaborado pelo Banco Mundial e divulgado na semana passada, aponta que a medida poderá trazer ganhos fiscais significativos para a União e os Estados.
“Não é isso o que vemos. Além de prever o fim da estabilidade e a redução de salários, a proposta é um caminho para que se chegue ao Estado mínimo, onde cada um cuida de si. Tudo o que os bancos estrangeiros querem é colocar as mãos na economia brasileira para explorá-la e afundá-la em dívidas, a fim de criar um ciclo de dependência dessas instituições”, alertou. O deputado ressaltou que a ideia é reduzir o salário dos servidores ao nível da remuneração dos trabalhadores do setor privado, quando o certo seria fazer justamente o contrário.
“O que está por trás dos discursos de austeridade são melhores condições para que as instituições financeiras tomem conta da nossa economia. A regra é cortar, reduzir, extinguir e destruir”, frisou. João Paulo também mencionou uma nota de sindicato de servidores públicos. Segundo o parlamentar, a categoria já revela insegurança e insatisfação diante da política de austeridade que avança. Ele pontuou que a situação se agrava pela ausência de canais de diálogo permanente com o Governo.