Sobe para 14 o número de pessoas que tiveram os sintomas do sarampo confirmados em Pernambuco. Segundo dados divulgados nesta segunda-feira (9) pela Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), até a última sexta-feira (6), foram notificados 457 casos suspeitos de sarampo no Estado, onde 86 já foram descartados e 357 estão em investigação. Entre os casos identificados, três são moradores do Recife, três de Caruaru, um de Frei Miguelinho, um de Santa Cruz do Capibaribe, um de Vertentes, e cinco de Taquaritinga do Norte, que também registrou um óbito.
A superintendente de imunização da Secretaria Estadual de Saúde, Ana Catarina de Melo, explica o motivo da região Agreste ser uma das mais afetadas pelos casos de sarampo. “É a região que mais preocupa porque é a região que tem mais casos notificados e confirmados. É uma região que tem uma grande circulação de pessoas, com outras atividades, a exemplo do polo têxtil que você tem uma circulação de pessoas indo e vindo a São Paulo constantemente. Toda vez que tem uma área com grande circulação de pessoas existe a probabilidade de ter mais pessoas doentes”, expôs.
Ela também alerta para que as crianças sejam vacinadas. “Nesse momento, a prioridade é vacinar as crianças, principalmente o público de 6 a 11 meses, que é um grupo que não estava legível no calendário básico de vacinação, então esse grupo precisa ser vacinado urgentemente nos municípios”, afirmou.
O Programa Estadual de Imunização reforça que o Estado está abastecido da vacina tríplice viral, que, além do sarampo, protege contra rubéola e caxumba e é uma das maneiras mais eficazes de evitar o adoecimento. Desde janeiro, já foram distribuídas mais de 685 mil doses do imunizante para os municípios.
Imunização
Crianças entre 6 meses e 11 meses devem tomar uma dose da tríplice viral. Importante ressaltar que essas crianças precisarão seguir o esquema normal de imunização a partir dos 12 meses.
– Indivíduos de 1 ano a 29 anos de idade: 2 doses de tríplice viral;
– Indivíduos de 30 a 49 anos de idade não vacinados: 1 dose de tríplice viral;
– Profissionais de saúde não vacinados: 2 doses com a vacina tríplice viral independente da idade, com intervalo mínimo de 30 dias entre elas.