Titular do mandato coletivo Juntas (PSOL), Jô Cavalcanti fez críticas, na Reunião Plenária desta terça (3), às ações de repressão adotadas pela Força Nacional no município de Paulista (Região Metropolitana do Recife). De acordo com ela, motoristas e cobradores de ônibus têm sido revistados indiscriminadamente em terminais de integração. “Isso tem gerado indignação entre esses profissionais, que se sentem desrespeitados, e até na própria população”, afirmou.
A ação de cem policiais da Força Nacional em Paulista é parte do Programa Em Frente Brasil, que busca o enfrentamento à criminalidade em cidades com altos índices de violência. “Estamos preocupadas com o desdobramento dessa ação. Se antes de completar uma semana já estão ocorrendo incidentes, nos preocupa o que virá pela frente, pois a previsão é de que os soldados permaneçam em Paulista por quatro meses no policiamento ostensivo, além de seis meses no apoio à polícia judiciária e à perícia forense”, expressou Jô.
Na avaliação da codeputada, o programa não é suficiente para gerar efeitos na redução da criminalidade, uma vez que se inspira em “iniciativas que não deram certo”, como as Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) do Rio de Janeiro. Ela questionou, ainda, por que as ações nas áreas de lazer, educação, assistência social, entre outras, previstas na segunda fase para atacar as causas da violência, não são realizadas simultaneamente às de repressão.
“Solicitamos ao governador que se mantenha vigilante na atuação da Força Nacional, para que não se repitam essas abordagens aos cobradores de ônibus”, concluiu Jô Cavalcanti.