O Governo do Estado encerrou o ano de 2018 com R$1,2 bilhão em dívidas com fornecedores e prestadores de serviços. Na lista de credores, estão empresas que fornecem medicamentos, Organizações sociais e terceirizadas que prestam serviços essenciais nos hospitais, escolas e departamentos públicos. A alta despesa com fornecedores está gerando preocupação dos parlamentares. Com base nas informações disponibilizadas no Portal da Transparência, o deputado estadual João Paulo Costa (AVANTE), fez um apelo na tribuna da Assembleia Legislativa de Pernambuco, na última quinta-feira (04), para que o Governo estadual regularize o quanto antes a situação.

Segundo o parlamentar, a falta de repasse tem prejudicado nos serviços prestados à população. “Acredito que o não pagamento compromete não só a prestação de serviços à população, que é prioridade, mas também o equilíbrio financeiro das empresas contratadas, o que gera o aumento do desemprego, já que por falta de recursos elas declaram falência e os funcionários sofrem com o atraso dos salários”, pontuou.

De acordo com as informações do Portal da Transparência de Pernambuco, os pagamentos relacionados a restos a pagar vem crescendo, desde 2014. De 2017 a 2018, o saldo teve um crescimento de 8,59%. “Ao longo dos últimos dez anos, o volume de valores inscritos vem crescendo bastante, sinalizando que Pernambuco não tem conseguido fechar o ano com os recursos previamente aprovados na Lei Orçamentária Anual”, destacou o deputado.

Entre os credores está a fundação Altino Ventura, que gerencia unidades de saúde em Pernambuco, que por falta de repasse tem cancelado cirurgias e atendimentos, por causa de um saldo de R$14 milhões a receber. Outro exemplo é o Laboratório Farmacêutico de Pernambuco (Lafepe), que tem um saldo de R$8 milhões para receber do Governo Estadual.

João Paulo Costa irá solicitar à Comissão de Finanças da Alepe que convide o secretário estadual da Fazenda, Décio Padilha, e representantes dos principais credores para discutir a questão dos débitos com fornecedores. Além disso, propor uma visita aos hospitais e equipamentos públicos que são geridos ou tenham contratos de prestação para acompanhar de perto a situação.