A Casa de Farinha alega falta de pagamento em notas de até seis meses Foto: Reprodução/TV Jornal

Na manhã desta terça-feira (19), merendeiras contratas pela Casa de Farinha, decidiram aderir a uma paralisação por conta das condições de trabalho que têm enfrentado. Devido a paralisação, alunos de três escolas estaduais do município de São Lourenço da Mata, na Região Metropolitana do Recife, estão sem refeição.

Com o movimento, 1.414 alunos ficam sem merenda por tempo indeterminado na Escola Técnica Estadual Governador Eduardo Campos, Escola de Referência em Ensino Médio Conde Correa de Araújo e a Escola de Referência em Ensino Médio Agamenon Magalhães.

Segundo uma das merendeiras, que não quis se identificar, a paralisação é motivada por vários problemas, entre eles, o atraso no pagamento dos salários. “Nós estamos com a cesta básica atrasada desde outubro. O sindicato fez um acordo com a empresa, sem consultar a gente, as merendeiras, informando que a empresa iria pagar as três cestas básicas de 2018, outubro, novembro e dezembro. Só que até então, recebemos apenas uma cesta básica”, afirmou.

A merendeira afirma ainda que as trabalhadoras sofrem ameaças de demissão quando tentam negociar com a empresa. “Quando ameaçamos a fazer alguma paralização a supervisora ameaça demitir os funcionários e falar com a empresa para não ficar com as merendeiras. Tentamos entrar em contato com o sindicato, mas eles não atendem e fazem acordo com a empresa sem comunicar a gente e quando alguma merendeira consegue ir lá, eles nos tratam mal”, finalizou.

Nota da Secretaria

Em nota, a Secretaria de Educação e Esportes do Estado informou que já está em diálogo com a empresa Casa de Farinha para que a situação das merendeiras das escolas localizadas no município de São Lourenço da Mata seja regularizada ainda esta semana. Procurada, a casa de farinha não se pronunciou até o fechamento desta matéria.

Fonte: Rádio Jornal