Por: Juliano Muta/ Blog da Folha
A indicação do senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) para a liderança do Governo no Senado Federal, na última quarta-feira (22), em meio a uma crise política que já reflete no Congresso, é um sinal de aposta do governo em um parlamentar mais experiente para facilitar o diálogo com o parlamento. Apesar de não representar a “nova política”, FBC possui trânsito no Legislativo, ao contrário do deputado Major Vitor Hugo (PSL-GO), indicado para a Câmara Federal, onde a base governista demonstra estar desarticulada – o governo sofreu a primeira derrota de Bolsonaro na Casa, com a suspensão do projeto que altera a Lei de Acesso à Informação, com a proteção aos dados sigilosos.
O governo Bolsonaro credenciou Fernando Bezerra, que já havia sido líder do Senado do ex-presidente Michel Temer (MDB), para ser um dos articuladores das pautas governistas, com atenção especial da reforma da Previdência, que curiosamente foi entregue pelo Executivo no mesmo dia de sua indicação na liderança. “Precisamos equilibrar as despesas previdenciárias para que os recursos públicos atendam às maiores necessidades do povo brasileiro e o país reencontre o caminho do emprego e do desenvolvimento”, comentou o senador em seu perfil do facebook, numa foto ao lado de Jair Bolsonaro (PSL) e dos presidentes da Câmara e Senado, Rodrigo Maia (DEM) e Davi Alcolumbre (DEM), respectivamente.
Já na quinta-feira (21), em reunião com o ministro Onyx Lorenzoni (Casa Civil da Presidência da República), Fo senador participou da definição das agendas legislativas que serão prioritárias para o Executivo neste início de Legislatura. Essa agenda deverá ser divulga na próxima semana, quando o líder terá reunião de trabalho com o presidente Jair Bolsonaro e os ministros Lorenzoni e Paulo Guedes (Economia). O encontro está previsto para ocorrer na próxima segunda-feira (25), em Brasília.