A crise que envolve o suposto esquema de candidatos laranjas organizado pelo PSL em Pernambuco ganha novos capítulos a cada minuto. Depois de Carlos, filho do presidente Jair Bolsonaro, ter desmentido declarações do ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno (PSL), foi a vez do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro se pronunciar sobre o assunto.

Após participar de evento com juízes federais para explicar o projeto anticrime, Moro disse nesta quinta-feira (14) que a denúncia sobre os eventuais candidatos “laranjas” do PSL está sendo apurada e que “eventuais responsabilidades” serão “definidas”.

“O senhor presidente Jair Bolsonaro proferiu uma determinação e a determinação está sendo cumprida. Os fatos vão ser apurados e eventuais responsabilidades, após as investigações, vão ser definidas”, disse ele.

As suspeitas em torno do possível esquema de “laranjas” no PSL foi revelada por reportagem do jornal Folha de S. Paulo. De acordo com a publicação, Maria de Lourdes Paixão, de 68 anos, candidata a deputada federal por Pernambuco, teria recebido R$ 400 mil de dinheiro público para investir na própria campanha eleitoral, durante o pleito do ano passado.

Com apenas 274 votos, Lourdes Paixão afirmou à Justiça eleitoral ter gasto 95% dos R$ 400 mil em uma gráfica para a impressão de 9 milhões de santinhos e cerca de 1 milhão e 700 mil adesivos, dias antes do primeiro turno das eleições.

Maria foi a terceira maior beneficiada com a verba do partido em todo o país, mais até do que o presidente Jair Bolsonaro e a deputada Joice Hasselmann, de São Paulo, que obteve mais de 1 milhão de votos.