Da Folha de PE

Um grupo de 102 refugiados da Venezuela desembarca nesta segunda (17) no Aeroporto Internacional do Recife, na Zona Sul. Eles serão acolhidos pela Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), em parceria com a Cáritas Brasileira – organismo da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e oInstituto Humanitas. O grupo atuará no projeto financiado pela Cáritas, que funcionará na “Casa de Direitos”, localizado no bloco E da Unicap.

Após as atividades de acolhimento, seguido de um jantar oferecido pela Secretaria Executiva de Assistência Social (Seass) do Governo do Estado, os imigrantes serão encaminhados para 12 imóveis alugados nos bairros da Boa Vista, Santo Amaro, Coelho, Encruzilhada e Torreão, onde ficarão abrigados.

A parte de assistência e regularização dos documentos será providenciada pela Seass.“Pernambuco está integrado nessa ação humanitária de acolhimento aos imigrantes e fará o que for possível para minimizar o sofrimento dessas pessoas”, afirmou a gerente de Proteção Social Especial de Alta Complexidade da Seass, Viviane Cavalcanti Santos. “O atendimento ocorre com a oferta de serviços públicos, com respeito às diversidadesem todas as suas formas, de modo a garantir a atenção igualitária aos imigrantes e suas famílias”, declarou a gerente.

A vinda dos venezuelanos para Pernambuco faz parte de um acordo entre o Governo do Estado, a Secretaria Nacional da Casa Civil e o Comitê Federal de Assistência Emergencial, que desde o início do ano tratam do fluxo migratório desses refugiados. De acordo com Viviane, é fundamental que haja a integração de políticas públicas para o combate dos riscos e as vulnerabilidades sociais do grupo.

Esta é a terceira vez neste ano que Pernambuco recebe venezuelanos, desde que o Governo Federal iniciou, em abril, o processo de interiorização do fluxo migratório desses estrangeiros: os primeiros 115 imigrantes desembarcaram no Recife no dia 3 de julho, vindos de Boa Vista (RR). Setenta seguiram para o município de Igarassu, onde foram acolhidos nas Aldeias Infantis, e 45 tiveram como destino a cidade de João Pessoa (PB), para abrigamento pela Pastoral do Migrante daquele Estado. Em 18 de setembro chegaram mais 30 refugiados, que também ficaram nas Aldeias Infantis. A comunidade, inclusive, tem recebido bem os imigrantes e são solidários a toda história de sobrevivência que eles enfrentaram até chegar ao Brasil. A maior dificuldade tem sido conseguir empregos formais para essas pessoas.