O Brasil não está sozinho nessa mudança de humor das pessoas em relação a questões de comportamento. Taiwan, que se orgulha de ser o país mais progressista da Ásia, aprovou em plebiscito realizado no sábado da semana passada restrições a casamento entre pessoas do mesmo sexo e a retirada de conteúdo sobre homossexualidade de livros escolares do ensino fundamental. Na Suécia, o partido Democratas Suecos, de orientação anti-imigração, teve 17,6% dos votos nas eleições gerais de setembro, tornando-se a terceira força política do país.

A prioridade que Bolsonaro quer dar a Israel pode ser um bom sinal, se levadas em conta as práticas democráticas do país. O colunista Guga Chacra publicou na quinta um excelente artigo em que lista alguns exemplos que o Brasil ganharia se seguisse: 1) O país é aberto à imigração; 2) Tem legislação ultraliberal em relação à comunidade LGBTQI, e Tel Aviv é uma das cidades mais amigáveis para gays no mundo; 3) Possui lei com poucas restrições ao aborto; 4) É líder no desenvolvimento de tecnologias para reduzir o aquecimento global.(Ascânio Saleme – O Globo).