O horário, o local, o artefato e a frieza de um assassino causaram perplexidade para a população de Euclides da Cunha e região. Os registros em vídeos e fotos e os comentários de pessoas que passavam pela Avenida Ruy Barbosa dão conta de algo fora do comum em Euclides da Cunha, mesmo se tratando de homicídio: um crime cometido durante o dia, em uma via pública que diariamente concentra uma considerável quantidade de pessoas e veículos no centro da cidade.

O que mais se observa ao longo do dia é uma população chocada com o assassinato do agricultor Salviano Alves de Brito.

O crime aconteceu por volta das 8h, em frente à estátua de Euclydes da Cunha. Foram várias facadas, em um gesto de brutalidade do agressor contra a vítima caída no meio da avenida.

A motivação do crime é desconhecida. Sabe-se apenas que o assassino, identificado pelo prenome José Dilson, vulgo Dilson, tem transtorno mental, sofria de depressão e estaria desaparecido de sua localidade há alguns dias. Vítima e assassino residiam na zona rural de Monte Santo.

Segundo informações de populares, a vítima Salviano Brito estava em Euclides da Cunha para ajudar familiares a encontrarem-no e seguia a informação sobre onde localizaria José Dilson. E foi na calçada da Avenida Ruy Barbosa que Salviano localizou José Dilson e teria dito que o ajudaria a retornar para casa, porque seus parentes o procuravam há dias, em várias localidades, porém sem êxito até então. O que se sabe a partir disso é que José Dilson recusou-se retornar, e com uma faca teria dado uma série de golpes no corpo de Salviano.

A frieza do assassinado perdurou até a prisão; que ficou sempre próximo ao corpo e em intervalos se aproximava ainda mais e desferia nova sequência de facadas.

A Polícia Militar foi acionada e uma guarnição chegou ao local, efetuou a prisão em flagrante do assassino, que por todo tempo segurava a faca, e conduziu-o para a Delegacia de Polícia Civil de Euclides da Cunha.