Integrante da chapa do MDB criticou polarização da política brasileira e o número excessivo de partidos

Por Thiago Marcolini

O candidato do MDB à vice-presidência da República, Germano Rigotto, afirmou que quem vencer as eleições de outubro, pegará um país divido em ideologias políticas. Em entrevista à Record News, o ex-parlamentar criticou os dois candidatos que estão à frente nas pesquisas de intenções de voto. Para Rigotto, nenhuma das propostas de governo une o país.

“É que tem duas candidaturas. Uma mais à esquerda e outra à direta, que são duas candidaturas que ao meu modo de ver, se acontecer de irem para o segundo turno, quem ganhar a eleição vai pegar um país totalmente dividido e com processo de radicalização de posições. Qualquer das duas propostas são propostas que não unem. São duas propostas que jogam o país para uma dificuldade enorme de unir”.

Rigotto também comentou a proposta de governo que pretende gerar 10 milhões de empregos em quatro anos. O ex-governador do Rio Grande do Sul afirmou que Meirelles tem respaldo para oferecer a medida, já que foi o responsável por criar o mesmo número de vagas de trabalho enquanto esteve à frente do Banco Central durante os governos de Lula.

“Ele (Meirelles) tem sucesso na iniciativa privada e tem grande sucesso no setor público. Então, quando ele fala que nós podemos voltar a gerar empregos e podemos em quatro anos ter a geração de 10 milhões de empregos, é em cima desses fundamentos. É em cima de uma política econômica que determine uma retomada do desenvolvimento, em cima de uma política econômica que faça com que efetivamente nós tenhamos um desenvolvimento sustentável, mas duradouro, e que isso vai significar emprego”.

Rigotto também foi crítico quanto ao número de partidos no Brasil. Para o candidato à vice-presidência, não há ideologia nas siglas e o número de 35 legendas representa a falência do sistema partidário brasileiro. O ex-deputado se mostrou favorável à reforma política no Brasil.

Em relação às outras reformas fundamentais, Rigotto voltou a defender as mudanças na Previdência e no sistema tributário brasileiro. Para o candidato, não há como retomar o crescimento econômico no Brasil sem a aprovação das reformas estruturantes.