Do JC Online

Uma criança de cinco anos foi encontrada morta dentro de casa nesta segunda-feira (10), no município de Brejão, no Agreste de Pernambuco.

O principal suspeito é o pai, que, segundo familiares, teria tido um surto psicótico e esganado o próprio filho, que passava o fim de semana com ele, na residência que fica no Sítio Curica do Isaac, na zona rural do município.

O delegado Caio Moraes, da delegacia municipal, que está responsável pelo caso, conta que a polícia foi acionada por parentes do suspeito, identificado como Ivanildo Santos da Silva, de 36 anos, que mora na mesma casa com o pai, mãe e irmão. “Na noite do domingo (9), ele teria expulsado a família de dentro de casa, dizendo que queria ficar sozinho com o menino”, conta o delegado.

Os pais do homem saíram assustados com o estado em que ele estava. “A família conta que ele dizia estar ouvindo vozes e estava muito alterado”, comenta Caio Moraes.

A criança passou a madrugada sozinha dentro da casa com o Ivanildo e, no início da manhã desta segunda-feira, um dos parentes conseguiu convencer o homem a abrir a porta. O delegado ainda conta que por diversas vezes durante a madrugada, as pessoas chamavam o garoto, na tentativa de entender o que acontecia dentro da residência, mas o menino não respondia mais.

“O pai de Ivanildo conseguiu entrar na casa. Ele encontrou o neto sem sinais de vida, com sinais de sufocamento. O filho contou a ele que cumpria ordens das vozes que estava ouvindo, dizendo para matar o garoto. Logo em seguida o suspeito fugiu”, detalha Caio.

A criança foi levada ao Instituto de Medicina Legal (IML), que comprovarão a causa da morte. A Polícia segue em diligências no local na procura do suspeito de cometer o crime.

Sem históricos de problemas psicológicos

Apesar de a família alegar que o rapaz “estava em transe”, e que aparentava ter tido um surto, a equipe de investigação da Polícia Civil de Brejão não encontrou nenhum registro de visita a uma unidade de saúde local, para se tratar de qualquer transtorno. Ele também não tomava nenhum remédio controlado.

“Ele era muito agressivo quando bebia. Mas a família disse que o rapaz estava há um ano sem beber”, comenta o delegado. “Assim que encontrarmos o suspeito de ter praticado este crime, poderemos esclarecer se isto se tratou de um surto mesmo ou foi algo já premeditado”, pontua.