EXAME

São Paulo – Um dos maiores empresários farmacêuticos do Brasil, o cearense Deusmar Queirós está preso. Fundador da rede de farmácias Pague Menos, o empresário cearense é condenado desde 2010 por crimes contra o sistema financeiro, cuja a pena pode chegar a 9 anos e dois meses de prisão, com base na Lei 7492/86.

Queirós se entregou na noite de ontem (8) à Polícia Federal em Fortaleza após o Superior Tribunal de Justiça (STJ) negar um pedido de Habeas Corpus (HC) solicitado pelos advogados de defesa do empresário. Ele tinha 48 horas para se apresentar à Justiça.

Deusmar Queirós e ex-sócios teriam lucrado R$ 2,8 milhões com compra ilegal de ações para especulação, lembra o jornal cearense O Povo, que divulgou a prisão do empresário.

Ele se encontra na sede da Polícia Federal, no bairro de Fátima, onde começará a cumprir a pena. Segundo o jornal, um recurso da defesa de Deusmar já tinha sido feito no Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF-5), em Recife, além do STJ. Porém, houve trânsito da condenação dos recursos nas duas cortes, com idas e voltas, se encerrando agora com a execução da detenção.

O caso ainda pode ter novos desdobramentos jurídicos nos próximos dias. O site EXAME entrou em contato com a assessoria do empresário, que enviou comunicados oficiais da defesa de Deusmar e da Pague Menos. Confira na íntegra abaixo:

 “Na data de ontem (8) o empresário Francisco Deusmar de Queirós, em atendimento a determinação judicial, apresentou-se à Polícia Federal. O objeto do processo que gerou a apresentação se refere à sua atuação à frente da Renda Corretora de Valores entre 2000 e 2006. A ação ainda está em curso e a condenação não é definitiva. A defesa continua acreditando na Justiça e na sua absolvição.

Pague Menos

“A Rede de Farmácias Pague Menos esclarece que o processo judicial ao qual o fundador da companhia, Deusmar Queirós, responde não possui qualquer relação com a rede. Todas as informações sobre o processo foram prestadas de maneira transparente pela Pague Menos em seus formulários de referência. A companhia reitera ainda que a decisão judicial em nada afeta as operações da empresa e informa a nomeação de Mário Henrique Alves de Queirós, atual diretor presidente, para o cargo de presidente do Conselho de Administração no lugar de Deusmar Queirós”.