A evolução do futebol japonês está diretamente ligada a Zico. O jogador, que estava aposentado desde 1989, voltou aos campos em 1991, no Japão. Por lá seguiu até 1994, quando optou por encerrar a carreira por falta de condições físicas. Fez história dentro das quatro linhas, mas também colocou gravou seu nome no coração dos japoneses fora dos campos. O camisa 10 da Gávea é o grande responsável pela evolução e pelo profissionalismo da modalidade no país asiático.

O ídolo rubro-negro assumiu o comando da seleção em junho de 2002, permanecendo até a Copa de 2006. Nesse período, disputou duas Copas das Confederações e se sagrou campeão da Copa da Ásia, tornando a terra do sol do nascente hegemônica no continente.

A J. League, liga japonesa de futebol, foi fundada apenas em 1992, após muito tempo de amadorismo no futebol local. A década de 1980 marcou o início da popularização do futebol no país. Além da parte técnica, o esporte também conquistou o seu espaço no cotidiano dos orientais. Após o período de adaptação e de fixação da modalidade no país, os japoneses colheram frutos na década de 1990.

A Copa do Mundo de 1998, na França, marcou a primeira participação japonesa em Mundiais. As melhores participações dos samurais vieram nas edições de 2002, quando o país sediou a Copa juntamente com a Coreia do Sul, e em 2010, na África do Sul. Nessas edições, os japoneses alcançaram as oitavas de final. Nos outros Mundiais que participou, o Japão foi eliminado ainda na fase de grupos. De 1998 a 2014, o Japão disputou 17 jogos em Copas. Foram apenas quatro vitórias, quatro empates e nove derrotas.

A seleção japonesa possui quatro títulos da Copa da Ásia (1992, 2000, 2004 e 2011), principal torneio continental. Essas conquistas deram ao Japão o direito a participar da Copa das Confederações. Foram cinco participações na competição. Eliminados na fase de grupos em 1995, 2003, 2005 e 2013, os japoneses chegaram à semifinal em 2001.

Para se classificar para a Copa do Mundo de 2018, na Rússia, os japoneses ficaram com a primeira colocação no grupo B durante a fase final das Eliminatórias Asiáticas. Na fase anterior, também lideraram sua chave.

A seleção do Japão está no Grupo H da Copa do Mundo de 2018. Os adversários da primeira fase serão Polônia, Senegal e Colômbia. A chave é considerada uma das mais equilibradas.

O destaque dentro de campo é o meia Keisuke Honda, de 31 anos. Autor de sete gols nas eliminatórias, o experiente atleta do Pachuca, do México, disputará sua terceira Copa do Mundo. Honda começou no futebol de seu país, em 2004. Em 2007, se transferiu para a Holanda, onde atuou na segunda divisão local e foi eleito o melhor jogador da temporada 2008/2009. Um ano depois, chegou à Rússia para jogar no CSKA Moscou. Teve ainda passagem discreta pelo Milan, da Itália. Na seleção japonesa, já marcou três gols em Copas do Mundo.

A estreia japonesa no Mundial será no dia 19 de junho, contra a Colômbia, às nove da manhã, horário de Brasília. Na segunda rodada, os japoneses enfrentam Senegal e fecham sua participação contra a Polônia, no dia 28.