Folha de Pernambuco/foto
A capela do Cemitério de Santo Amaro, na área central do Recife, ficou lotada, na tarde desta quarta-feira (16), de familiares e amigos dos dois policiais militares do 16º Batalhão que foram atropelados por um trem nessa terça (15). Os corpos de Enéas Severino de Sena, de 40 anos, e do soldado Adeildo José Alves, também de 40 anos, foram velados no local, onde também foi realizada um missa.
Muito emocionada, a esposa do sargento Eneás Severino, Ruth Sena, agradeceu o apoio dos colegas de trabalho do marido. “Ele era muito querido pela turma da banda, pelos companheiros do trabalho. Ele tinha vocês como família. Glorificado seja Deus por vocês. Um pai, filho e esposo muito dedicado e amado. Obrigado por sua alegria e vida, por onde você passou deixou amor. Obrigada, meu amor”, disse durante a missa.
“Ele morreu fazendo o que gostava, era muito dedicado ao seu trabalho”, disse Áurea Lima, cunhada do sargento Enéas.
O vice-governador do Estado, Raul Henry, também esteve presente no velório. Os dois policiais receberam as honras militares. O comandante geral da Polícia Militar de Pernambuco, coronel Vanildo Maranhão, decretou luto de três dias na corporação.
Acidente
O acidente aconteceu durante uma ação policial na noite da última terça-feira (15), às 20h50, no bairro de São José, nas proximidades da Estação Joana Bezerra. Segundo a Polícia Militar (veja nota abaixo), o grupo procurava criminosos na área quando foi acertado por uma composição do Metrô do Recife. Além do sargento Enéas e do cabo Adeildo, outros dois militares sofreram ferimentos e foram encaminhados ao Hospital da Restauração, no bairro do Derby.
A Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) , por meio de nota, lamentou o ocorrido e informou que acionou, de imediato, os órgãos competentes. A CBTU informou que “está à disposição para prestar os esclarecimentos às autoridades responsáveis pela apuração do fato”.
A Polícia Militar lamenta profundamente o trágico acontecimento desta terça-feira (15) à noite, quando dois policiais do 16º BPM, no estrito cumprimento do dever, acabaram mortos, atropelados por uma composição do metrô. O fato ocorreu quando o grupo de policiais militares realizava incursões na área férrea na procura de contumazes meliantes que usam do local para o cometimento de crimes como tráfico e assaltos. Outros dois policiais que formavam a equipe continuam recebendo atendimento médico no Hospital da Restauração. Nesse momento difícil, a Corporação pede a compreensão de todos, se comprometendo a, quando tiver informações precisas sobre o caso, repassá-las à sociedade. Agora, fixamos nossas atenções às famílias dos que perderam a vida em defesa da sociedade, bem como, em total apoio aos policiais militares que se encontram feridos.