O Ìndice do Medo do Desemprego caiu para 63,8 pontos em março. O indicador está 2 pontos abaixo do registrado em dezembro de 2017, informa a pesquisa divulgada nesta segunda-feira, 9 de abril, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). “O índice ainda se encontra em patamar elevado, muito acima da média histórica de 49,2 pontos”, diz a pesquisa.

O gerente-executivo de Pesquisa e Competitividade da CNI, Renato da Fonseca, afirma que a preocupação dos brasileiros ainda não reflete a recuperação da economia, porque o emprego é o último indicador a melhorar nos processos de saída da crise.  De acordo com a pesquisa, os moradores do Nordeste têm mais medo do desemprego do que os demais brasileiros. Naquela região, mesmo com a queda de 4,3 pontos registrada em março frente a dezembro, o índice do medo do desemprego alcançou 69,3 pontos. A apreensão é menor da região Sul, onde o indicador está em 53,4 pontos.

Mesmo assim, os brasileiros estão mais satisfeitos com a vida. O Índice de Satisfação com a Vida alcançou 67,5 pontos em março, valor 1,9 pontos superior ao de dezembro de 2017. O indicador de março é o maior desde o primeiro trimestre de 2015, mas continua abaixo da média histórica, que é de 67,5 pontos. A satisfação com a vida é maior no Sul, em o indicador alcançou 69 pontos em março, e menor no Norte/Centro Oeste, onde o índice foi de 66,7 em março.  “Isso significa que as pessoas começam a perceber a melhora da economia e a queda da inflação”, afirma Renato da Fonseca.

O acompanhamento dos índices de satisfação com a vida e de medo do desemprego antecipa o que vai ocorrer com o consumo das famílias. Pessoas mais satisfeitas com a vida e sem medo de perder o emprego consomem mais, o que alimenta o processo de recuperação da economia.

A pesquisa ouviu 2 mil pessoas em 126 municípios entre os dias 22 e 25 de março.