Depois de analisar alguns nomes, o presidente Michel Temer decidiu manter o general Joaquim Silva e Luna no comando do Ministério da Defesa. Ele está interinamente à frente da pasta desde a saída de Raul Jungmann para o Ministério da Segurança Pública. E deve seguir nesta condição, pelo menos por enquanto.
Temer planejava colocar novamente um civil à frente do ministério aproveitando a reforma ministerial que será concluída nesta semana depois da saída de ministros para disputar a eleição. Ele foi criticado por deixar a pasta sob comando de um general, o primeiro desde a criação do Ministério da Defesa, e chegou a prometer nomear um civil novamente.
Segundo o Blog do Valdo Cruz, nas palavras de um interlocutor de Temer, na ausência de nomes como “um Nelson Jobim ou um Raul Jungmann”, políticos com bom relacionamento nas Forças Armadas e que já passaram pela Defesa, o presidente optou por manter Silva e Luna.
Dentro da reforma ministerial, o presidente acertou também que o secretário de Infraestrutura Hídrica do Ministério da Integração Nacional, Antônio de Pádua de Deus Andrade, irá assumir de forma definitiva a pasta no lugar de Helder Barbalho (MDB-PA). Pádua Andrade é uma indicação do MDB do Senado. No Ministério do Meio Ambiente, ficará interinamente o atual secretário-executivo, Edson Duarte, no lugar de Sarney Filho (PV-MA).
Ainda hoje, Temer definirá o nome de quem irá ocupar a Secretaria Geral da Presidência da República, que ficará vaga com a transferência de Moreira Franco para o Ministério de Minas e Energia. O MDB quer manter o controle sobre a área.
Outro nome que assumirá definitivamente um ministério é Marcos Jorge Lima, hoje interinamente à frente da pasta da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. Ele é uma indicação do PR.
Temer planeja dar posse, amanhã, a todos os novos ministros para concluir sua reforma ministerial, com a qual espera reorganizar sua base aliada no Congresso e voltar a aprovar projetos de seu interesse. Além de evitar a autorização de uma eventual terceira denúncia contra Temer a partir do inquérito que investiga se o presidente recebeu benefícios de empresas do setor portuário na renovação de suas concessões. O presidente nega.