A cúpula do PT se reuniu na sede do Instituto Lula, no Ipiranga, Zona Sul de São Paulo, hoje. O encontro emergencial foi marcado após os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) decidirem, por seis votos a cinco, rejeitar habeas corpus que pretendia evitas a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Participaram da reunião, além de Lula, a ex-presidente Dilma Rousseff, a presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann, o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, o ex-prefeito de São Bernardo Luiz Marinho, o advogado Roberto Teixeira, o líder do PT na Câmara, deputado Paulo Pimenta, o presidente da CUT, Vagner Freitas, entre outros.
Gleisi criticou a decisão do STF, afirmando que parte dos ministros impediram “que o Tribunal cumprisse o seu papel de guardião da Constituição, retirando do presidente Lula o direito que a Constituição lhe resguarda de presunção da inocência”.
Ela acrescentou que a prisão de Lula será uma violência e defendeu a inocência dele. “Consideramos uma prisão política. É uma prisão que vai expor o Brasil ao mundo. Viraremos uma republiqueta de bananas”.
Ela acrescentou que Lula está tranquilo. “O presidente está sereno, porque tem a consciência tranquila dos inocentes”.
O deputado Paulo Pimenta afirmou considerar que há perseguição política contra Lula. Ele disse ainda que espera que o Supremo julgue o quanto antes as duas ações diretas de constitucionalidade (ADCs) que tratam da execução de pena em segunda instância.
“Se a maioria do Supremo Tribunal Federal Decidir contra a ADC, paciência, nós não vamos nos queixar. Agora, enquanto ela não pauta essa matéria, ela [presidente do STF, ministra Cármen Lúcia] cria um ruído institucional, uma instabilidade institucional que é extremamente prejudicial para a democracia”, disse o líder do PT na Câmara.