As águas do Rio São Francisco devem ser usadas preferencialmente para o consumo humano e a agricultura, e não para a geração de energia, conforme defendeu o deputado Odacy Amorim (PT) na Reunião Plenária desta terça (27). Segundo o parlamentar, essa prioridade se tornará ainda mais importante com a transposição do curso d’água, que fará o rio atender mais de 14 milhões de pessoas.

“Eu defendo a criação de um controle permanente da vazão do rio nas barragens, para que não comprometa a saúde do São Francisco e priorize o consumo humano e a irrigação”, propôs o deputado. Ele também pediu investimentos para a revitalização do curso d’água. “O rio não pode mandar água para o povo e receber esgoto em troca. Os municípios não têm feito o dever de casa com relação à preservação dos recursos hídricos”, avaliou.

O petista relembrou que chegou a ser questionado em um programa de rádio se o deslocamento de água não poderia “secar o Rio São Francisco”. “Na ocasião, respondi que a transposição tira, na época de seca, até 36m³ por segundo, enquanto o Distrito de Irrigação Nilo Coelho, que atende apenas uma região de Petrolina, chega a consumir até 21m³ por segundo”, apontou o deputado. “Ou seja, é um impacto de 1,5 a 2 vezes maior, mas que ajuda muito mais gente”, sintetizou.

Odacy Amorim ainda repercutiu um encontro que teve com vereadores do município de Parnamirim (Sertão Central), no último domingo (27), sobre a conclusão do Ramal de Entremontes, braço da transposição que atenderá à região. “Quero parabenizar a Câmara de Vereadores de Parnamirim por fazer um debate equilibrado e de nível elevadíssimo sobre o assunto”, declarou o parlamentar sobre a reunião.