O presidente da República, Michel Temer, afirmou que nesta quarta feira (21) ouviu as necessidades econômicas do gabinete de intervenção e confirmou que vai destinar R$ 1 bilhão para a intervenção federal na segurança.
“Conversamos e percebemos que o déficit de 3 bilhões refere-se na maior parte a passivo, portanto no passado. Estamos destinando R$ 1 bilhão nos próximos dois, três dias, a alocação destes recursos para a intervenção federal”, afirmou o presidente, que fez nesta quarta o que ele chamou de primeira reunião de trabalho da intervenção.
“Devemos fazer outras reuniões como estas, aqui no Rio e em Brasília. Há uma tendência de queda em varias espécies delituosas“, disse Temer. “A segurança pública ocupa o primeiro lugar nas preocupações dos brasileiros”.
O presidente está otimista quanto ao resultado do trabalho de segurança no Rio. “Tudo revela que poderá haver uma tendência de queda nas várias espécies delituosas. Não restou dúvida em relação a isso. Ao longo do tempo isso realmente ocorrerá”.
O pronunciamento foi feito após rápida reunião no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC) entre Temer, o governador Luiz Fernando Pezão e o interventor federal de segurança do Rio, o general Walter Braga Netto.
Enquanto Temer era recebido por volta das 21h30 pelo governador Pezão no terceiro Comar, próximo do aeroporto Santos Dumont, no Centro do Rio, a Rocinha vivia um intenso tiroteio que àquela altura já durava quase uma hora.
Os tiroteios deixaram um morador e um PM mortos, e chegaram a forçar o fechamento do túnel Zuzu Angel, importante via da cidade.
Por volta das 22h05, ambos já estavam no CICC, quartel general da Intervenção Federal na Segurança do Rio, para conversar com o interventor, o ministro-chefe do gabinete de segurança institucional, Sérgio Etchegoyen; o ministro da segurança pública, Raul Jungmann, além do ministro da Defesa interino, general Silva e Luna.
Temer viria ao Rio para o balanço do mês de intervenção federal na segurança, que seria no último domingo (18), mas cancelou a visita.
O presidente optou por cancelar a viagem, após ser aconselhado por assessores depois da morte da vereadora Marielle Franco, na última quarta-feira (14).
G1