O general Carlos Alberto dos Santos Cruz, que chefia a Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) desde o abril do ano passado e que agora acumula o cargo de secretário-executivo do recém-criado Ministério da Segurança Pública, avaliou que a crise em que se encontra o Rio de Janeiro é fruto de “uma longa história de falta de vergonha na cara”. Trata-se do segundo cargo mais importante da pasta, atrás apenas do ministro Raul Jungmann.

Embora não tenha responsabilidade pela intervenção federal do Rio — que está a cargo do Comando Militar do Leste (CML), com sede no Rio —, ele lembrou que não basta vencer o conflito com os bandidos armados. Uma solução para o problema passa também por investimentos, ações sociais e ações de governo. O general fala com a experiência de quem já chefiou missões de paz da Organização das Nações Unidas (ONU) no Haiti e na República Democrática do Congo.

O general não deu opiniões sobre a necessidade de mudanças na lei de drogas. Mas, questionado sobre uma possível legalização da maconha, disse que se trata de um debate necessário. Ele também defendeu o fim do contingenciamento de recursos para a segurança pública. Por outro lado, embora entenda que é preciso mais dinheiro para a segurança, também disse que o orçamento da Senasp está sendo suficiente para tocar os projetos em andamento.

  O Globo