Em seu discurso, durante a cerimônia de posse no comando do posse no comando do Ministério Extraordinário da Segurança Pública, o ministro Raul Jungmann disse que vai encerrar sua carreira política, após cumprir sua missão no governo Michel Temer (MDB). Na ocasião, ele afirmou que vai pedir ao PPS a suspensão das suas atribuições no partido, deixando claro que não pretende disputar a eleição deste ano.
Indicado para ser o titular da nova pasta criada pelo presidente Temer, Jungmann não irá se afastar do cargo até o dia 7 de abril, prazo estabelecido pela legislação eleitoral para quem pretende se candidatar. “Quero dizer que ao aceitar este cargo abro mão de uma das coisas mais caras da minha vida: a minha carreira política. Eu encerro a minha carreira política para me dedicar integralmente a essa luta”, colocou, ,em seu discurso.
Ao se referir à crise de segurança nacional, o ministro destacou que “quadrilhas” ainda atuam no sistema carcerário que, na sua visão, se tornou o “home office” do crime organizado. “Se nos olharmos mais amplamente o que vem acontecendo com relação ao crime organizado, o cenário é tão desolador ou mais. Quadrilhas que continuam de dentro do sistema carcerário a apavorar a nossa cidadania. O sistema carcerário que infelizmente continua a ser em larga medida home office do crime organizado”, ressaltou.
Entre suas novas atribuições, Jungmann terá que gerenciar o Departamento Penitenciário Nacional (Depen) que, junto com Polícia Federal (PF), a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e a Força Nacional, passarão a ser coordenadas pela nova pasta e não mais pelo Ministério da Justiça. Ele ocupava o Ministério da Defesa desde o início da gestão de Temer, em maio de 2016. Com a saída dele, o general de Exército Joaquim Silva e Luna assumiu de forma interina o comando da pasta. ( Blog da Folha).