Para o vice-governador de São Paulo, Márcio França, do PSB, que vai disputar o governo de São Paulo como governador tendo ao seu dispor um orçamento que supera o de muitos países, o apoio do PSB de Pernambuco a Geraldo Alckmin, provável candidato tucano à presidência da República em outubro próximo, é fundamental.
A opinião de França foi publicada pelo Blog da Folha de Pernambuco que lembrou a pífia performance de Alckmin nas pesquisas eleitorais. Para Márcio França, que declara incondicional apoio à candidatura de Alckmin, ainda que o PSDB não apoie sua candidatura ao governo de São Paulo e venha a poiar candidatura própria, o ” PSDB deve fazer movimentos nacionais, gestos em direção ao PSB, em estados onde já governamos. O principal é Pernambuco”. França lembra que mesmo sendo o seu apoio “incondicional”, o PSB é uma agremiação visivelmente dividida entre as lideranças de Márcio França e do presidente da sigla, Carlos Siqueira (que representa o grupo pernambucano), sendo necessária uma movimentação mais intensa dos tucanos para contemplar o Nordeste.
“Hoje nós temos o Ceará com a candidatura do Ciro Gomes (PDT) e a Bahia pró-Jaques Wagner (PT) – contando que o ex-presidente Lula não terá chance de disputar. O único estado onde há espaço para o PSDB é Pernambuco”, chega a afirmar Márcio França ao Blog da Folha.
Por já ter conquistado o tempo de TV necessário para disputar o governo, França não faria mais questão do apoio tucano à sua candidatura, opina o líder do PSDB na Câmara, o deputado federal paulista Ricardo Trípoli, afirmando não haver a possibilidade do partido não lançar candidato ao governo do Estado. Por outro lado, Trípoli concorda que a costura de apoios deve mirar a ampliação da capilaridade tucana.
O Blog da Folha menciona ainda que na coluna Painel, da Folha de São Paulo, chegou a surgiu a informação de que alguns tucanos falavam em candidatura única para São Paulo, tendo França como opção. Secretários de Alckmin já sinalizaram um apoio a França, mas o vice-governador se diz cético. “É difícil avaliar. Vai todo mundo seguir o que o governador disser”.
As declarações de Márcio França coincidem com intrigante mergulho do ex-ministro das Cidades Bruno Araújo, que preside o PSDB em Pernambuco e que desapareceu das agendas que vinham sendo feitas pela oposição a Paulo Câmara. Mesmo fazendo parte do governo Temer, contra o qual o PSB de Pernambuco se dizia opositor, Araújo era frequentemente visto em agendas e assinatura de liberações de verbas para o prefeito do Recife Geraldo Júlio, o que comprova que PSB de Pernambuco e PSDB nunca deixaram de ser próximos. ( Blog da Noelia Brito).