Apontado como plano B ao Governo do Estado do seu grupo político, caso o senador Fernando Bezerra Coelho (PMDB) seja apontado como réu na Lava Jato, o ministro de Minas e Energia, Fernando Filho (sem partido) tem buscado sua própria articulação política e tem construído alianças que justificariam sua indicação à disputa majoritária.
Amigo do presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia (DEM) pela filiação de Filho ao Democratas, o deputado federal licenciado, apesar de ser um dos mais novos quadros do PSB na Câmara, foi líder da legenda e promoveu articulações que contrariavam a orientação da executiva nacional do Partido Socialista Brasileira. Talvez percebendo tal crescimento o partido tenha levado a sério a proposta de expulsá-lo do PSB e Fernando Filho para evitar o desgaste travou na Justiça esse processo e em seguida entregou sua carta de desfiliação.
Muitos relatavam que o ministro poderia migrar para o PR, repetindo o movimento do pai para comandar o partido com intervenção da executiva nacional da legenda, afastando Sebastião Oliveira das tomadas de decisões. Porém, tal possibilidade foi rechaçada por Fernando Filho quando este assumiu que aguarda apenas a janela partidária que será aberta no próximo ano para filiar-se ao PMDB e fortalecer o comando de Fernando Bezerra Coelho ainda judicializado numa disputa com o deputado Jarbas Vasconcelos (PMDB) e o vice-governador Raul Henri (PMDB).
Correndo por fora na indicação para a majoritária, durante o manifesto da oposição realizado na ultima segunda-feira no Recife, Fernando Filho foi mais um a bater forte na gestão de Paulo Câmara com o diferencial de alfinetar o adversário por ostentar até hoje o apoio do ex-governador Eduardo Campos, morto há 3 anos em um acidente aéreo durante a campanha a presidente da república.
“Cada um a seu tempo participou desse projeto no passado. Demos nossa contribuição e foi bom para Pernambuco, foi um passado que foi bom para Pernambuco. Mas não volta mais a gente ficar repetindo o nome de quem não está mais aqui. Queremos agora é construir do daqui para frente de forma diferente. Queremos construir algo novo, não temos medo do debate, não temos medo das bandeiras que defendemos por mais difíceis que elas possam ser porque acreditamos na nossa capacidade de juntar que será muito maior. A nossa capacidade de falar com o povo no momento em que a política está mais desacreditada. Desafio vai ser enorme, mas eu tenho convicção porque primeiro apostaram que não estaríamos todos aqui. Continuam apostando que nós não vamos atrair mais pessoas para esse palanque e eu olhava o telão e olhava todos aqueles partidos. Acho que com exceção de 2014 nós nunca começamos uma campanha com tanto apoio como nós temos nessa”, exaltou.