Às vésperas do ano eleitoral, o Palácio das Princesas tem recebido uma romaria de prefeitos. As audiências com o governador Paulo Câmara (PSB) e secretários chegam a ter grupos de cerca de dez gestores, levados pela Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe) ou por deputados. Embora a questão política também esteja em pauta, a principal demanda seria administrativa, com relação a recursos de obras estruturadoras, como construção de estradas, abastecimento de água, reformas de mercados públicos e novos convênios.

De acordo com o secretário da Casa Civil, Nilton Mota, os prefeitos querem saber sobre a programação de serviços do Estado. “Faz parte do trabalho da secretaria e do governo receber os prefeitos. Eles querem saber o que está sendo feito. Quando as obras ficam prontas. São demandas em nome do coletivo”, afirmou.

Outro fator que reforça a procura é o momento de dificuldades enfrentado pelos municípios. Em Afrânio, no Sertão do São Francisco, por exemplo, o prefeito Rafael Cavalcanti (PMDB) foi obrigado a cortar todos os comissionados da gestão. Ao todo, foram 200 demissões. Já em Santa Maria da Boa Vista e Orocó foram centenas de comissionados e temporários dispensados.

Procurado, o presidente da Amupe e prefeito de Afogados da Ingazeira, José Patriota (PSB), falou que as idas ao palácio são práticas comuns. “O que seria estranho é se o governo não recebesse os prefeitos que nem o presidente Michel Temer que não dialoga com nenhum”, tergiversou Patriota.

Informações da Folha de Pernambcuco