Em um cenário hipotético e mais coerente, Lóssio poderá declinar da eleição para Deputado Estadual e mirar a Câmara dos Deputados. Segundo interlocutores, Lóssio teria bem mais vantagem ao tentar captar os adeptos gonzaguistas, pois sabe-se que será um legado de simpatizantes do ex-deputado, que possuem uma tendência de naturalizar uma contradita nas escolhas eleitorais, meramente votos de opiniões contrárias às duas mais fortes conjunturas da cidade, que hoje detêm mandatos ativos na Câmara dos Deputados.

Dificilmente eleitores adeptos ao ex-deputado possam convergir para novas ideologias a ponto de segregar entre ambos os lados. Neste jogo, ficará uma lacuna que pode ser a surpresa da política.

Lóssio conseguiu aglutinar, no último pleito, cerca de 53 mil eleitores. Estes, com certeza, poderão ser divididos entre seu próprio grupo, com a postulação de Elismar Gonçalves e do vereador Ronaldo Silva, que terá apoio de Guilherme Coelho para Estadual.

Por sua vez, Lóssio, saindo a estadual, poderá surfar numa onda verde, os efeitos denominados “Lodos”, nas ribanceiras de riachos e lagos de passagem rápida, em que há possibilidades de deslizes naturais. Pois bem, caso se confirme a Federal, Lóssio jogaria de forma mais inteligente, já estaria um passo à frente, vez que, na cidade, as disputas para federal tendem a ser menores.

Essa conta seria como tentar fatiar um bolo, talvez com fatias menores na região, mas, a depender da conjuntura com a governadora, poderia realmente somar esforços em outros municípios do estado.

Lóssio seria um artilheiro de basquete ao lançar a bola na cesta; se iria acertar dependerá das estratégias adotadas no jogo político. Sem dúvida, estaria avantajado nas chances de voltar à cena política, como também ampliaria as chances para seus aliados Elismar e Ronaldo Silva, que patrocinaram um capital político no pleito passado. Afinal, os 53 mil votos teriam um condão participativo e um DNA compartilhado das bases dos também pretensos a estadual.

Está aí um jogo jogado. Agora é dosar a faixa média de onde irá arremessar a bola, metáfora utilizada para dizer atrair eleitores de Gonzaga e, claro, garimpar entre seus adversários possibilidades de conquista de novos. Afinal, essa é a democracia, onde a capacidade de conquistar a confiança do eleitor está com quem detém as melhores estratégias.

Será que ele terá peito? Será que terá a ousadia de uma disputa mais atípica de um capital político que recebeu no último pleito?