Petrolina (PE) – Um Trabalho de Conclusão de Residência (TCR) realizado no Hospital Universitário da Universidade Federal do Vale do São Francisco (HU-Univasf), vinculado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), investigou o impacto da associação dos distúrbios nos níveis de sódio e mortalidade intra-hospitalar em pacientes internados com Acidente Vascular Cerebral (AVC). O objetivo foi demonstrar a importância de se pensar em estratégias clínicas para a correção adequada dos distúrbios do mineral, o que pode contribuir para a redução da mortalidade.

O sódio é um eletrólito que desempenha papel fundamental na pressão arterial, na transmissão dos impulsos nervosos e na função muscular, sendo indispensável para o funcionamento adequado do organismo. No dia a dia, está presente no sal de cozinha (cloreto de sódio) e em muitos alimentos industrializados, como embutidos, enlatados e salgadinhos. Alterações em seus níveis podem comprometer sistemas como o cardiovascular, muscular e neurológico.

No trabalho, foram analisados dados de 840 pacientes, entre janeiro e novembro de 2021, e identificado que a hipernatremia (aumento da concentração do sódio no sangue) esteve presente em cerca de 4,28% dos casos, mas foi responsável por uma mortalidade hospitalar de 38,89%. Os dados reforçam a importância de monitoramento rigoroso e intervenções precoces para melhorar os desfechos clínicos.

Segundo a autora do TCR e residente em Clínica Médica, Larissa Ribeiro Bessa, o estudo indicou que idosos são mais vulneráveis às complicações relacionadas aos distúrbios do sódio. Para a residente, o trabalho demonstrou a necessidade de utilizar estratégias mais eficazes para melhorar o cuidado dos pacientes com AVC. “Isso envolve uma abordagem multidisciplinar, com a identificação precoce de complicações e um cuidado integrado para otimizar os resultados clínicos”, reforçou.

O estudo ainda fornece dados importantes para a formulação de protocolos hospitalares que possam reduzir complicações, o que beneficia não apenas os pacientes, mas também reduz os custos hospitalares associados ao manejo inadequado dessas condições.

Fonte: Coordenadoria de Comunicação Social/Ebserh

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