O motorista do ônibus atingido pela queda de um avião de pequeno porte na Avenida Marquês de São Vicente, na Barra Funda, na zona oeste de São Paulo, se emocionou ao tentar explicar como conseguiu retirar os passageiros antes do fogo se espalhar pelo coletivo. “Não sei o que aconteceu, só sei que salvei todo mundo”. A gravação foi feita por uma mulher que estava no local no momento do acidente e divulgada pela TV Globo.

Nas redes sociais, uma passageira relatou os momentos de pânico em que viveu dentro do ônibus. “Eu estava dentro do ônibus que o avião atingiu. Eu estava logo sentada no banco onde o avião pegou, mas momentos antes eu tinha levantado porque estava chegando no meu ponto. Eu só me lembro de ter levantado porque eu caí em cima das pessoas e vi fogo ao redor do ônibus, foi quando eu entrei em desespero e comecei a gritar para abrir a porta. Só tive tempo de pegar meu celular e vi que o motorista estava na porta lateral pra me ajudar a descer”, escreveu a jovem.

Ao Estadão, o personal trainer Adriano Molina, que trabalha na região da Avenida Marquês, contou que o cenário parecida de guerra. “Imagine o desespero das pessoas querendo sair. Eu vi umas pisando nas outras. O ônibus estava cheio. Parecia guerra. Uma muvuca. Gente querendo sair pela janela ou pela porta”.

Os dois mortos, que ficaram carbonizados, eram os ocupantes da aeronave. Um deles era o advogado Márcio Louzada Carpena, de 49 anos, de Porto Alegre. Também estava na aeronave o piloto Gustavo Medeiros, que também não sobreviveu.

Cinco feridos estavam no ponto de ônibus – entre eles, uma idosa. Um motociclista que estava no local também se machucou – os seis tiveram ferimentos leves e foram atendidos. Eles não se queimaram porque o incêndio se alastrou pelo ônibus de forma lenta e foi extinto com menos de dez minutos. A avenida, uma das mais movimentadas da região, permanece interditada e há uma mancha de querosene no local.

Correio Braziliense Foto Agencia Brasil