Em meio aos inúmeros problemas que surgem na política nacional, destaca-se a questão da fraude relacionada às cotas de gênero. Essa situação envolve, muitas vezes, a ausência de representatividade feminina efetiva nas disputas eleitorais, com o descumprimento da regra que exige 30% de candidaturas femininas e 70% masculinas, ou vice-versa. É importante ressaltar que a legislação não especifica uma ordem fixa; ou seja, as cotas podem ser 30% de homens e 70% de mulheres. Petrolina, inclusive, já foi palco de processos de cassação de chapas completas devido a fraudes relacionadas a esse item da lei.

No cenário político feminino de Petrolina, algumas lideranças têm se destacado ao conquistar votos expressivos e participar ativamente das disputas. Entre as mulheres eleitas, destacam-se Maria Helena, Rosarinha e Cláudia, que não apenas ocuparam seus mandatos, mas também superaram candidatos homens. Outras figuras femininas, como as suplentes Marciana Freire, que obteve mais de 1.000 votos, Socorro Souza, Lucinha Mota e Iana Enfermeira, têm mostrado força política e contribuído significativamente para o cenário eleitoral.

Essas mulheres se destacam não apenas pela expressiva votação, mas também pela integridade em suas campanhas, respeitando a legislação de cotas de gênero e recusando-se a atuar como candidatas fictícias em benefício de homens. Entre elas, Socorro Souza e Marciana Freire aparecem como nomes promissores para o futuro político local. Ambas, sendo suplentes com forte apoio popular, podem se consolidar como peças estratégicas no grupo governista, que atualmente detém a administração municipal.

A questão que se coloca é: qual será o papel reservado a essas mulheres no grupo do prefeito? Ocupação de cargos importantes na gestão, como secretarias estratégicas? Ou serão mantidas em posições de lideranças comunitárias sem maior protagonismo? De qualquer forma, é evidente que o grupo Coelho, reconhecido por sua habilidade em montar estratégias eleitorais, precisa valorizar essas figuras femininas para garantir não apenas a legalidade das cotas de gênero, mas também a representatividade efetiva que a sociedade tanto exige.