247  O general Mario Fernandes, preso na manhã desta terça-feira (19) por planejar a morte do presidente Lula (PT) e um golpe de Estado em 2022, esteve com o então presidente Jair Bolsonaro (PL) um mês após imprimir o documento com o plano golpista, informa O Globo. Segundo as investigações da Polícia Federal, os dois estiveram juntos no dia 8 de dezembro de 2022, no Palácio da Alvorada.

Os agentes tiveram acesso a um aúdio em que Fernandes enviou ao ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid. Na mensagem, o general comemora que o então presidente havia aceitado o “assessoramento” dos dois.

“Força, Cid. Meu amigo, muito bacana o presidente ter ido lá à frente ali do Alvorada e ter se pronunciado, cara. Que bacana que ele aceitou aí o nosso assessoramento. Porra, deu a cara pro público dele, pra galera que confia, acredita nele até a morte. Foi muito bacana mesmo, cara. Todo mundo vibrando. Transmite isso pra ele”, diz a mensagem de áudio.

Na mensagem, Fernandes também demonstra preocupação para que o golpe fosse colocado em prática logo. Segundo ele, a ação deveria ser feita antes da transição na cúpula do comando das Forças Armadas, que estava prevista para ocorrer no dia 20 de dezembro, com a posse dos integrantes nomeados pela nova gestão.

De acordo com as investigações da PF, Mario Fernandes era o elo entre o governo Bolsonaro e os manifestantes que estavam acampados em frente aos quartéis pedindo intervenção militar. O plano golpista elaborado por ele previa a execução de Lula, do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, e do vice-presidente Geraldo Alckmin.