Na noite de 13 de novembro de 2024, duas explosões na Praça dos Três Poderes, em Brasília, geraram forte resposta das autoridades brasileiras. O incidente, que resultou na morte de uma pessoa e obrigou a evacuação do Supremo Tribunal Federal (STF), desencadeou pronunciamentos incisivos de líderes políticos e ações rigorosas para garantir que os responsáveis pelo ataque sejam punidos.
Logo após o ataque, ministros do STF contataram líderes do Congresso com um recado claro: não haverá qualquer tolerância para discussões sobre anistia para ações violentas contra o tribunal. A mensagem, enviada diretamente a figuras importantes do Legislativo, expressou a postura de “tolerância zero” para tentativas de intimidar ou desestabilizar o STF ou outras instituições democráticas.
Em outro pronunciamento de destaque, Gleisi Hoffmann, presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), comparou o ataque à situação vivida em 8 de janeiro de 2023. Em suas redes sociais, a presidente do PT descreveu o incidente como “mais um ataque direto à democracia”, afirmando que atos assim “precisam ser combatidos com todo o rigor da lei”. Ela enfatizou a necessidade de medidas de segurança fortes para proteger as instituições e destacou a importância de uma investigação rápida e completa.
Além das repercussões nacionais, o caso foi amplamente divulgado na imprensa internacional. Muitos veículos de comunicação estrangeiros destacaram a preocupação com a segurança da cúpula do G20, que será realizada em breve no Brasil. Analistas de segurança estrangeiros alertaram para a necessidade de uma resposta firme das autoridades brasileiras e de reforçar os protocolos de segurança para eventos futuros.
Desdobramentos e condução do inquérito
Em resposta imediata ao ataque, a Polícia Federal abriu um inquérito para apurar todos os detalhes do caso, que será conduzido pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF. Conhecido por sua atuação em inquéritos relacionados à defesa das instituições democráticas, Moraes assumirá a supervisão das investigações para garantir que todas as ações sejam tomadas com rapidez e rigor. Equipes especializadas da Polícia Federal, junto a peritos em explosivos, estão mobilizadas na Praça dos Três Poderes para recolher evidências e buscar pistas sobre a motivação e o planejamento do ataque.
O principal suspeito, Francisco Wanderley Luiz, conhecido como Tiü França, foi identificado como o proprietário do veículo que explodiu. Ele já havia publicado mensagens alarmantes nas redes sociais, com expressões como “O jogo acaba dia 16”, indicando uma possível premeditação do ataque. Investigadores estão analisando suas postagens e possíveis conexões com grupos ou outros indivíduos que possam ter participado do planejamento.
As autoridades têm reforçado o isolamento e a vigilância na área próxima ao STF, enquanto a investigação prossegue. Até o momento, as declarações das autoridades brasileiras reforçam o compromisso de defender a democracia e esclarecer o caso, mantendo a firme postura de que o Brasil não tolerará ataques às suas instituições.
Como aconteceu
Na noite de ontem, Francisco Wanderley Luiz, executou um ataque suicida nas proximidades do Supremo Tribunal Federal (STF) em Brasília. O incidente começou por volta das 19h30, quando um veículo de sua propriedade explodiu no estacionamento entre o STF e o Anexo IV da Câmara dos Deputados.
Após a explosão do veículo, Francisco dirigiu-se à entrada principal do STF, carregando uma mochila. Ao ser abordado por um segurança, ele abriu a camisa, revelando um dispositivo semelhante a um relógio digital preso ao corpo, sugerindo a presença de explosivos. Em seguida, lançou dois ou três artefatos explosivos que detonaram nas proximidades. Logo após, deitou-se no chão, posicionou um último artefato próximo à cabeça e aguardou a explosão, que resultou em sua morte.
As autoridades continuam investigando o incidente para determinar as motivações e possíveis conexões com outros atos.