Integrantes de entidades sindicais e membros da Central Única dos Trabalhadores (CUT) em Pernambuco reuniram-se na sede do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Petrolina (Sindsemp), no último dia 30/07, para definir etapas de organização, estrutura e efetivação do primeiro polo sindical da CUT na cidade. A unidade abrangerá municípios circunvizinhos de todo o Sertão do São Francisco.
“Após várias discussões e construção conjunta com todos, a CUT nos trouxe a brilhante informação de que nós constituímos o nosso polo tão querido e desejado em Petrolina. A coordenação foi estabelecida inicialmente com alguns sindicatos presentes no curso de formação da CUT, que foi ministrado aqui no Sindsemp. E, a partir disso, nós ficamos responsáveis por buscar agregar cada vez mais os outros sindicatos cutistas para conduzir esse trabalho de construção de uma maneira geral, do polo da CUT em Petrolina”, explicou o presidente do Sindsemp, Walber Lins.
A reunião discutiu temas importantes para o estabelecimento e permanência do polo em Petrolina, como a criação de uma agenda contínua de mobilização, além de mecanismos de sustentação desse núcleo municipal. O encontro também organizou a estruturação do polo e elaborou a proposta de composição da coordenação local, que será instituída respeitando o princípio de paridade cutista.
“Nós tivemos esse encontro para começar a dar uma vida orgânica para esse polo. Na prática já existe o trabalho, mas a gente tem que dar uma organicidade a isso, com uma periodicidade de encontro, construir um núcleo de coordenação desse polo e, nos próximos dias, realizar o lançamento oficial dessa estrutura organizacional do polo aqui no Vale do São Francisco“, explica Robson Nascimento, coordenador do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe), em Petrolina.
Pauta de lutas
Para o presidente da CUT estadual em Pernambuco, Paulo Rocha, o polo sindical sempre existiu na região que, com o alinhamento dos sindicatos de Petrolina como Sintepe e Sindsemp, engajaram pautas importantes na luta dos trabalhadores. “A gente tem na região de Petrolina, historicamente, uma região que se mobiliza, que discute os temas nacionais. Durante, por exemplo, as discussões de mobilização contra o impeachment de Dilma, o polo de Petrolina foi fundamental, mesmo sem ter um nome, sem ter afirmação, sem ter nada. Só a junção dos sindicatos, a união e a unidade dos sindicatos para a gente combater a reforma da previdência, a terceirização desenfreada e as propostas que vieram do Governo Temer, que tiraram direitos da classe trabalhadora. Então, toda a vida, aqui na região, o pessoal sempre se mobilizou em defesa da educação, da saúde de pelo emprego e, com isso, a gente quer dar um passo adiante, tendo uma vida mais orgânica, ter condições de se reunir com frequência, discutir temas dos municípios envolta de Petrolina, da própria Petrolina, discutir temas estaduais e temas nacionais“, destacou.
Diretora licenciada da Secretaria do Interior do Sintepe, Cristina Costa, reforçou a importância dos trabalhadores se organizarem. “A gente sente aqui na região que a organização da classe patronal e o diálogo entre trabalhador e patrão são muito importantes. Mas quando o patrão se organiza e o trabalhador não está organizado, ele perde. Ele não tem seus direitos respeitados, ele não tem força e, principalmente, não ouvem sua voz. Então, é nessa perspectiva que esse polo sindical já existe. Nós temos uma articulação muito grande aqui no Sertão, principalmente no Vale do São Francisco, e agora concretamente a gente quer essa estrutura física para ter um espaço de encontro, de reuniões, para trocar experiências e para reforçar a sustentabilidade e o desenvolvimento econômico dos sindicatos aqui da região”, frisou.
Informações do Blog Carlos Britto